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Soja RS: chuvas ajudam melhorar lavouras, mas plantios de outubro estão perdidos

Em seu levantamento semanal, a Emater-RS destacou que vários municípios relataram que lavouras implantadas antes de novembro não resistiram ao longo período de seca

soja goiás
Foto: Pedro Silvestre

As recentes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul na última semana ajudaram as lavouras com déficit hídrico, a apresentarem sinais de retomada do bom desenvolvimento, afirma a Emater-RS.

Segundo a entidade, as lavouras se dividem entre as fases de desenvolvimento vegetativo (37%), floração (36%) e enchimento de grãos (27%). No ano passado, 36% das lavouras estavam em enchimento de grãos nessa época.

Confira a condição em alguns municípios:

Santa Rosa

As fases da cultura são: 32% da área se encontra na fase de desenvolvimento vegetativo, 54% em florescimento e 14% em enchimento de grãos. A cultura apresenta bom desenvolvimento vegetativo, sendo observado grande acúmulo de matéria seca na parte aérea das plantas e formação de um bom dossel, que proporciona o fechamento de linhas na maior parte das lavouras semeadas em meados de novembro.

“As chuvas registradas nas últimas semanas em todas as localidades amenizaram os efeitos do estresse hídrico nas plantas. Nas áreas implantadas em outubro com cultivares de ciclo precoce, o rendimento foi prejudicado irreversivelmente pelo déficit hídrico e pelas altas temperaturas ocorridas nas fases críticas de floração e de enchimento de grãos”, diz a Emater.

Ijuí

Por lá, 35% das lavouras estão em fase de desenvolvimento vegetativo, 45% em floração, 19% em enchimento de grãos e iniciando a fase de maturação (1%).

Segundo a Emater, a soja foi beneficiada pela umidade que permitiu a retomada do desenvolvimento vegetativo. O crescimento acelerou com emissão de novas folhas e aumento da altura das plantas, já próxima da ideal para as áreas implantadas em novembro com cultivares de ciclo mais longo.

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“As de ciclo mais rápido, implantadas em final de outubro, não estão conseguindo se recuperar da estiagem, apresentando baixo número de vagens por planta. Em pequenas áreas, produtores de Quinze de Novembro e Panambi vêm optando por deixar de cultivar soja para implantar nova lavoura de milho”, diz.

Soledade

A cultura foi favorecida com as condições do tempo na semana; a ocorrência de chuvas elevou o nível de umidade do solo que, associado a temperaturas mais amenas e boa taxa de radiação solar, acelerou o crescimento e o desenvolvimento das plantas, que recuperaram a altura e a área foliar, afirma a Emater. Das lavouras de soja implantadas na regional de Soledade, 35% estão na fase de desenvolvimento vegetativo, 55% em floração e 10% em enchimento de grãos.

“No Baixo Vale do Rio Pardo, houve mortalidade de plântulas decorrente das condições do solo seco à época da emergência; com a normalização da umidade do solo, parte dessas falhas vem sendo compensada pelo fato de as plantas estarem emitindo maior número de ramificações.”, diz.

Erechim

Por lá, 20% das lavouras estão na fase de desenvolvimento vegetativo, 75% em floração e 5% em enchimento de grãos. Com as chuvas ocorridas na semana anterior, a umidade do solo ainda é suficiente para manter o bom desenvolvimento da cultura.

“Em geral, as lavouras apresentam bom aspecto e baixa incidência de insetos e de doenças. Apesar disso, o estresse hídrico reduziu o potencial produtivo na região”, diz.

Frederico Westphalen

As lavouras se encontram nas fases: 20% em desenvolvimento vegetativo, 30% em floração, 44% em enchimento de grãos e 6% já entraram na fase de maturação. As chuvas ocorridas na semana anterior contribuíram para que a umidade do solo se mantivesse adequada ao bom desenvolvimento da cultura.

“Em geral, as lavouras apresentam bom aspecto e baixa incidência de insetos e de doenças. Os produtores sinalizam redução do potencial produtivo”.

Passo Fundo

De todas as lavouras, 25% estão na fase de desenvolvimento vegetativo, 55% em florescimento e 20% em enchimento de grãos.

“A redução das precipitações dos últimos meses, associada às altas temperaturas, prejudicou o desenvolvimento da cultura resultando em perdas, principalmente em Camargo, Casca, Ernestina, Nova Alvorada e São Domingos do Sul.”

Bagé

A chuva trouxeram um pouco de tranquilidade aos produtores, apesar da manutenção das altas temperaturas (36°C a 39°C). Em Rosário do Sul, as lavouras semeadas mais cedo estão entrando em floração e enchimento de grãos e já recebem aplicação de fungicida. Em Dom Pedrito, as chuvas abrangentes e com volumes significativos ocorridas em janeiro favoreceram as plantas.

Pelotas

A cultura está nas fases de emergência/desenvolvimento vegetativo, florescimento e em enchimento de grãos.

“As chuvas no período ocorreram de forma localizada e com volumes bastante variados, contribuindo para a recuperação parcial das plantas. Em geral, não são suficientes para a necessidade de aporte hídrico, principalmente para as cultivares em fase de floração.

Santa Maria

Por lá, 58% das lavouras estão na fase de desenvolvimento vegetativo, 32% em floração e 10% em enchimento de grãos. A estiagem afetou a uniformidade de algumas lavouras e reduziu o estande de plantas, acarretando perdas de rendimento.

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