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Soja deve ter semana agitada; veja o que pode mexer com os preços

Relatório do USDA sobre área plantada nos EUA, clima para o desenvolvimento da safra americana e relações com a China estão no radar do mercado

soja, grãos
Foto: Pixabay

Os mercados mundiais permanecem com as atenções centralizadas na evolução da pandemia do novo coronavírus ao redor do mundo e seus efeitos econômicos e sociais, segundo a consultoria Safras. Na soja, os players acompanham também a relação política e comercial entre Estados Unidos e China, além do clima para o desenvolvimento da nova safra norte-americana.

O analista Luiz Fernando Roque preparou uma lista de fatores que podem mexer com o mercado da oleaginosa na semana que vem. Confira:

  • O temor de uma segunda onda de contaminação do novo coronavírus volta a assustar os mercados. O crescimento de casos na Europa e na Ásia, regiões onde aparentemente o vírus já estava controlado, somado ao aumento de casos também nos Estados Unidos, traz novas incertezas com relação à reabertura das principais economias do mundo. O sentimento é de que os movimentos de reabertura nestes países podem ter sido precipitados;
  • Um possível novo lockdown não é descartado, e as consequências econômicas negativas deste poderiam ser ainda piores que as do primeiro. A recuperação econômica mundial é colocada em xeque, mais uma vez. Tal fato renova o mau humor dos mercados ao redor do mundo, pesando também na Bolsa de Chicago;
  • No lado fundamental da oferta, os players da soja olham com atenção para o desenvolvimento da nova safra norte-americana. O plantio foi encerrado “com folga” dentro da janela ideal, abrindo espaço para um crescimento ainda maior da área de soja e milho nesta nova temporada;
  • Até o momento, o clima tem favorecido o desenvolvimento das lavouras na maior parte dos estados americanos, sem registro de problemas relevantes. As previsões apontam para um clima regular nas próximas duas semanas no cinturão produtor, com chuvas e janelas de tempo seco;
  • Em seu relatório de área, que será divulgado no dia 30 de junho, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deve apontar uma área de soja maior que a prevista em sua intenção de plantio de março, elevando ainda mais o potencial produtivo da nova safra dos EUA. O panorama da safra norte-americana permanece bastante favorável;
  • No lado da demanda, os players acompanham os anúncios de vendas de soja dos EUA para a China, que continuam ocorrendo ao longo das semanas. A tendência é de que os volumes comecem a crescer;
  • O momento é positivo na relação entre os países, e o sentimento de que a China poderá honrar o acordo comercial volta a crescer.