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Ciclone extratropical, geada, chuva e frente fria; confira a previsão

Há ainda risco de granizo, em algumas áreas, além de muita ventania e uma massa de ar polar no Sul; a chuva deve se espalhar por todo o país

Áreas de instabilidade, que estão se formando sobre o Sul do Brasil, darão origem a um ciclone extratropical na região. O ciclone deve causar fortes ventanias, na região. Ademais, o fenômeno irá levar ainda muita chuva para o Sudeste do país. Os ventos devem aumentar durante a quinta-feira (22). A previsão indica rajadas de 40 a 50 km/h.

Frente fria

Além disso, haverá avanço de uma frente fria que reforça as instabilidades sobre o Centro-Sul do país. Até a metade da semana chuvas mais intensas devem se concentrar apenas entre o norte de SC e o PR. Além das chuvas estão previstas fortes rajadas de vento e eventual queda de granizo.

A partir da metade da semana a frente fria vai avançar pelo litoral do Brasil organizando a umidade da Amazônia e espalhando instabilidades entre interior do Sudeste e do Centro-Oeste, enquanto isso as condições para chuvas diminuem no Sul.

A frente fria também vai ajudar a organizar a umidade da Amazônia e instabilidades sobre as áreas mais ao sul da região Norte, com isso as chuvas devem se espalhar entre RO, AC, sul do AM e sul do PA.

Chuva

São esperados volumes bastante expressivos de água entre SP, sul e zona da mata de MG, RJ e sul do ES. Nas áreas mais atingidas, os volumes expressivos de água devem impactar momentaneamente atividades no campo, paralisando especialmente a colheita do trigo no PR e o corte e moagem da cana de açúcar no centro-sul do Brasil.

Por outro a chuva ajuda a recuperar a umidade do solo para o plantio de grãos da próxima safra e para a florada de citros e do café.

A chuva isola-se entre Triângulo Mineiro, interior de MG, metade norte de MS, GO e MT. Nessas áreas a chuva deve trazer um alívio para algumas áreas pontuais, mas não deve ser homogênea e não deve garantir umidade no solo em todas as áreas para o plantio da próxima safra.

Nessas áreas esperam-se volumes moderados de água, que devem ajudar na recuperação da umidade no solo. A chuva deve chegar até mesmo a algumas áreas do interior do Matopiba. Porém nessas áreas são esperados episódios bastante isolados e com baixo volume de água.

Temperaturas e geada

Quanto as temperaturas, após a passagem da frente fria desta semana teremos o avanço de uma nova massa de ar frio. Ela deve provocar declínio das temperaturas na segunda metade da semana sobre o Sul do País. Além disso, na quinta-feira tem previsão de temperatura mínima abaixo dos 5°C em diversas áreas entre o interior Gaúcho e o Planalto Paranaense.

O risco é maior para ocorrência de geadas em regiões Serranas. Contudo, o fenômeno poderá ser observado em de forma pontual entre o interior gaúcho e Planalto Paranaense. Ele pode afetar lavouras de trigo em fase de floração. Durante as tardes do destaque é o grande calor que segue intenso no Centro-Norte do país. Várias localidades podem registrar máxima de 40°C ao longo das próximas tardes.

La Niña irá impactar distribuição de chuva?

O país ainda está sob influência de um fenômeno La Niña, que é caracterizado pelo resfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial. Esse fenômeno, que chama muito a atenção pela sua persistência, passou por um breve período de enfraquecimento entre o final do outono e o início de inverno. Contudo, nas últimas semanas as anomalias negativas de temperatura da superfície do mar (TSM) se intensificaram em toda a faixa equatorial

Por fim, a grande maioria dos modelos climáticos prevê que os desvios de TSM permanecerão abaixo do normal, caracterizando a permanência da La Niña, até pelo menos o trimestre dezembro-janeiro-fevereiro de 2023.

Os impactos na distribuição das chuvas no Brasil devem ser mais evidentes no Sul do Brasil, onde as chuvas devem reduzir entre a metade e o final da primavera, e na metade norte do País, onde os eventos chuvosos devem ser mais intensos e há risco maior para períodos de invernada em algumas áreas entre o final da primavera e o verão. Na área central do Brasil a La Niña provoca um risco maior para irregularidade no retorno das chuvas no início da primavera.