Uma faixa de nebulosidade toma conta de parte do Brasil nesta quarta-feira (14). Ela vai desde a costa entre Santa Catarina, Paraná e São Paulo, passando por Mato Grosso do Sul. Tal condição passa, ainda, por outros três países: Paraguai, Bolívia e Peru.
Essa faixa de nebulosidade mantém o céu carregado, com uma chuva persistente nessas localidades. E isso aumenta cada vez mais a umidade do solo, principalmente entre Paraná e Mato Grosso do Sul, avisa Desirée Brandt, meteorologista da Climatempo.
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“Esse corredor de umidade aumenta a quantidade de nuvens em Mato Grosso, Rondônia, sudeste do Amazonas e alguns pontos do leste do Acre”, afirma Desirée. “No entanto, mesmo que ocorra alguma chuva, ela será bastante localizada e com curta duração”, observa a especialista em meteorologia.
Nebulosidade, tempo seco e nova frente fria
A previsão indica que o tempo segue seco no Centro do Brasil — pegando boa parte do leste de Mato Grosso, Goiás, norte mineiro, grande parcela do Paraná, todo o estado do Tocantins e o interior nordestino. Isso, no entanto, apenas para os próximos dias. A expectativa é a de que outro corredor de umidade se forme ao decorrer da semana que vem. Com direito à passagem de mais uma nova frente fria.
“Novas áreas de instabilidade vão se aproximar no começo da semana que vem” — Desirée Brandt
“Aliás, no próximo fim de semana, a chuva deve dar uma trégua no Sul, em São Paulo e também em Mato Grosso do Sul”, informa a meteorologista. “No entanto, a partir do domingo, novas áreas de instabilidade vão se aproximar no começo da semana que vem, com a formação de um novo sistema frontal, constituído por frente fria e área de baixa pressão”.
Para semana que vem, está prevista, ainda, a formação de um novo corredor de umidade. E tudo indica que a posição dele vai ser mais favorável para previsões de chuva para o Centro-Oeste. Tem previsão para grandes acumulados para São Paulo, Mato Grosso do Sul, sul de Minas Gerais, Triângulo Mineiro, sul de Goiás e Mato Grosso.
O clima em áreas produtoras
Nesta quinta-feira (15) termina o vazio sanitário em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e áreas de Rondônia. Para essas áreas, a previsão é de chuva para a próxima semana. Entretanto, Desirée Brandt frisa para a importância do produtor dessas localidades se manter atento, “pois ainda não é a chuva que vai se consolidar”.
“A consolidação da chuva deve se dar um pouco mais tarde, especialmente em Mato Grosso, Rondônia e Goiás, que termina o vazio sanitário na semana que vem, mais especificamente no dia 24 de setembro”, avisa a meteorologista.
“Deve acontecer uma janela de tempo mais firme [a partir de outubro]” — Desirée Brandt
“Embora tenha grandes condições de chuva ao longo da semana que vem em todas essas áreas produtoras, é importante ter cuidado pois, a partir de outubro, deve acontecer uma janela de tempo mais firme, provocando uma quebra nessa frequência de chuvas”, prossegue Desirée.
Milho e trigo
Referente à colheita do milho, o Paraná avança lentamente por causa da chuva, mas, mesmo assim, alcança 95% das áreas. Mato Grosso do Sul está com 97% e Minas Gerais tem 96% com a colheita quase concluída. Piauí, Maranhão, Tocantins, Mato Grosso e Goiás já estão com a colheita concluída.
Devido às restrições hídricas nas últimas semanas, fez com que as produtividades ficassem abaixo do esperado, a colheita do trigo já alcança 13% do norte do Paraná. “Majoritariamente, esse trigo está em fase de enchimento de grãos, com necessidade de água. Dessa forma, as chuvas desta e da semana que vem serão muito bem-vindas”.
