O QUE VEM POR AÍ

Frente fria e temporais: meteorologista detalha previsão do tempo para a semana

Meteorologia indica geada na Serra Gaúcha e risco de alagamentos na Bahia

nuvens carregadas e frente fria em junho- previsão do tempo - região sul
Foto: Freepik

A previsão para a semana entre 28 de abril e 2 de maio aponta um cenário climático variado em todas as regiões do Brasil, conforme análise do meteorologista Arthur Müller, do Canal Rural.



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Sul

Na região, uma frente fria afastada no oceano provoca pancadas isoladas no leste e norte de Santa Catarina e no leste e sul do Paraná. A maior parte do Rio Grande do Sul inicia a semana sem chuva, com temperaturas mais amenas.

Nas áreas de baixada, as mínimas devem girar em torno de 10 ºC, e há chance de geada apenas na Serra Gaúcha e Catarinense, onde os termômetros podem marcar abaixo de 4 ºC.

O tempo mais firme deve favorecer a conclusão da colheita do arroz em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

Apenas o oeste gaúcho e os litorais de Santa Catarina e Paraná devem registrar volumes baixos de chuva, entre 5 e 10 milímetros.

Sudeste

O litoral de São Paulo e a capital paulista terão mais nebulosidade e possibilidade de chuviscos. Já no norte do estado, no Triângulo Mineiro, no noroeste e norte de Minas Gerais e no Espírito Santo, há previsão de pancadas moderadas a fortes.

No Rio de Janeiro, o sol aparece entre nuvens, com possibilidade de chuva fraca no fim da tarde.

O acumulado da semana deve ficar entre 40 e 50 milímetros no centro-norte mineiro, Espírito Santo, Rio de Janeiro e litoral paulista, favorecendo especialmente os cafeicultores capixabas.

No restante de São Paulo e no centro-sul de Minas Gerais, a chuva será mais fraca, entre 10 e 15 milímetros, sem grandes impactos nas operações agrícolas.

Centro-Oeste

Instabilidades provenientes do Paraguai devem trazer chuva para Mato Grosso do Sul, especialmente no noroeste e sul do estado, com risco de temporais. Em Mato Grosso e Goiás, pancadas de chuva moderadas a fortes podem ocorrer, com atenção para as capitais Cuiabá e Goiânia.

O centro-norte de Mato Grosso e o nordeste de Goiás devem acumular de 30 a 40 milímetros, favorecendo a manutenção da umidade no solo.

Nas demais áreas da região, os volumes variam entre 5 e 15 milímetros, permitindo o avanço das atividades em campo, como o tratamento fitossanitário do milho segunda safra.

Nordeste

A atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) provoca pancadas de chuva no litoral do Maranhão, Piauí e Ceará. O interior da região permanece seco e abafado.

No litoral da Bahia, o alerta é para chuvas volumosas, com acumulados entre 100 e 150 milímetros, aumentando o risco de alagamentos e deslizamentos. No norte do Ceará e Maranhão, as chuvas agrícolas devem alcançar de 30 a 40 milímetros, enquanto no restante do Maranhão, sul do Piauí e interior baiano, os volumes ficam entre 15 e 30 milímetros.

Apesar da melhoria, o cenário ainda exige atenção para armazenamento de água.

Norte

O tempo instável persiste, com sol entre nuvens e alerta de temporais em Manaus, Belém e Macapá. Rio Branco e Porto Velho também devem registrar chuva frequente.

A ZCIT segue ativa, levando volumes de até 100 milímetros para Roraima, noroeste do Pará, Amapá e norte do Amazonas, impactando as atividades em campo.

Acre, Rondônia, o restante do Amazonas, Pará e Tocantins terão volumes entre 30 e 50 milímetros, mantendo a boa umidade para pastagens e cultivos em desenvolvimento.