A irregularidade da chuva no Sul do Brasil, que vem sendo observada desde novembro do ano passado, faz com que o Paraná enfrente a pior seca dos últimos 50 anos. As informações são do Deral, Departamento de Economia Rural do Estado. A faixa norte do Paraná é a região mais prejudicada e não é só o milho segunda safra que sofre com a estiagem, mas as lavouras de café também.
Cidades como Nova Tebas e Joaquim Távora não receberam nem 10 milímetros de chuva em maio, mesmo com o avanço das frentes frias pelo Sul.
Uma nova frente fria está prevista para a região na noite desta quarta-feira, 20, com volumes que podem chegar a 100 milímetros em algumas localidades. O grande problema é que a chuva vem com força e pode provocar queda de granizo. Nestas cidades mais afetadas pela estiagem no Paraná, a estimativa é de mais de 50 milímetros na sexta-feira, 22.
O lado ruim para o produtor é que depois deste forte episódio de chuva vem outro período de dias secos. “Volta a chover inclusive no centro e leste de Santa Catarina, no norte e no leste do Paraná, mas não dura muito”, diz a meteorologista Desirée Brandt da Somar.
Para agravar a situação, a frente fria será seguida de uma massa de ar de origem polar que vai derrubar as temperaturas no fim de semana. As mínimas podem variar de 2 ºC a 4 ºC em áreas de milho segunda safra.
No Centro-Oeste, a expectativa é que a chuva avance a partir de sexta-feira. O dia já amanhece com chuva em boa parte de Mato Grosso do Sul e no sudoeste de Mato Grosso, beneficiando as lavouras. Por outro lado, como a chuva pode ser volumosa e forte, com descargas elétricas, ventania há previsão de eventual queda de granizo.
Volta a chover no sul de Goiás, mas sem grande intensidade, enquanto que nas demais áreas do estado e no Distrito Federal, a semana vai terminar com tempo firme. No Sudeste também chove na sexta-feira, mas com volumes menores e distribuição mais isolada.