
É oficial: o La Niña, que influencia o regime de chuvas e temperaturas em todo o planeta, está confirmado neste ano. Conforme o relatório da NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos), o fenômeno climático deve mudar o panorama climático no Brasil até o verão de 2026. Porém, os efeitos dele devem ser limitados.
Isso porque o boletim, divulgado nesta quinta-feira (9), mostra que as águas do Pacífico Equatorial Central estão cerca de 0,5°C abaixo da média, o que caracteriza um La Niña fraco. Além disso, há mais de 70% de probabilidade de o fenômeno continuar até fevereiro de 2026, com tendência de enfraquecimento a partir do primeiro trimestre do ano que vem.
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De acordo com a NOAA, o La Niña é causado pelo resfriamento das águas do Pacífico, o que altera os padrões de vento e circulação atmosférica.
O que muda com o La Niña?
Mesmo com intensidade considerada fraca, o fenômeno pode provocar chuvas mais regulares no Norte e Nordeste. Por outro lado, o La Niña causa períodos mais secos no Sul e temperaturas amenas no Centro-Oeste e Sudeste, conforme registros históricos.
“Mesmo um La Niña fraco pode influenciar o regime de chuvas e a temperatura no Brasil, especialmente entre novembro e fevereiro”, explica Patrícia Cassoli, meteorologista da Climatempo.
Ainda segundo a Climatempo, nas regiões onde o La Niña pode causar seca, há risco de estiagens em áreas agrícolas. Em algumas áreas do Pantanal e da Amazônia, entretanto, a redução das chuvas pode aumentar a incidência de incêndios.