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Previsão do tempo alerta para granizo nas próximas 48 horas; veja onde

De acordo com a Somar Meteorologia, no geral, a semana será marcada por chuva forte, mas irregular no centro e sul do Brasil

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Apesar da previsão do tempo indicar chuva e tendência de aumento da umidade do solo em todo o centro e sul do Brasil nesta semana, será necessário cautela, pois novamente o acumulado será irregular. “É possível garantir chuva forte em Mato Grosso do Sul, região do Pantanal e sul do estado, diminuindo a incidência de queimadas e favorecendo pastagens, milho e cana-de-açúcar”, afirma o meteorologista da Somar Celso Oliveira.

Segundo ele, a chuva também será forte no sudoeste e oeste de Mato Grosso e oeste do Paraná, de forma mais pontual, o que vai ajudar a estancar as perdas no milho. No centro do Rio Grande do Sul, a chuva prevista vai aumentar a umidade do solo e favorecer a instalação do trigo.

Nas próximas 48 horas, a chuva prevista para o oeste e norte do Rio Grande do Sul, oeste de Santa Catarina e oeste e sul de Mato Grosso do Sul pode vir acompanhada por trovoadas, rajadas de vento e eventual queda de granizo.

Em São Paulo, embora a previsão do tempo indique chuva abrangente, é possível que áreas dos vales do Tietê e Paranapanema recebam precipitação mais fraca. No sul de Minas Gerais, alguns municípios produtores de café mais próximos de São Paulo receberão chuva forte, mas isso pode não valer em toda a área produtora de café do estado.

Nos Campos Gerais do Paraná, áreas de feijão e Hortifrúti, no Vale do Itajaí de Santa Catarina e ao longo da fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai, em áreas de pastagens, a chuva será fraca. Também não há previsão de chuva significativa nesta semana no Vale do Araguaia, centro e norte de Goiás, Minas Gerais e Espírito Santo.

Do nordeste da Bahia ao leste de Pernambuco, a semana será de chuva frequente. Além do feijão e milho, será beneficiada a cana-de-açúcar da Zona da Mata de Alagoas e de Pernambuco.

Previsão do tempo para a semana que vem

No início da semana que vem, na esteira da passagem da frente fria desta semana, observa-se a formação de linhas de instabilidade e ocorrência de chuva mais ao norte, alcançando boa parte do Centro-Oeste, oeste e norte do Paraná, oeste de São Paulo, norte e leste de Minas Gerais, Espírito Santo, oeste da Bahia e Tocantins. A quantidade de chuva prevista, no entanto, é baixa em todas as áreas produtoras.

Por fim, na segunda metade da próxima semana, uma nova frente fria vai canalizar a umidade da Amazônia e deverá trazer chuva mais intensa e abrangente ao Rio Grande do Sul, Santa Catarina, oeste e sul do Paraná e sul de Mato Grosso do Sul.

Próximas ondas de frio

Duas ondas de frio chamam a atenção nos próximos dias. A primeira queda de temperatura vai acontecer somente no Rio Grande do Sul entre a quinta, 14, e sexta-feira, 15, e vai trazer geadas à fronteira com o Uruguai e à serra. As geadas não atingem áreas produtoras vulneráveis.

A segunda onda de frio acontece por volta do dia 23 de maio e este episódio ainda merece monitoramento em relação à sua intensidade e abrangência por conta da grande antecedência.

Além das duas ondas de frio, os meteorologistas chamam a atenção para uma semana com temperaturas mais baixas que o normal em boa parte do Sudeste, inclusive em áreas de hortifrúti de Minas Gerais, algo que favorece a produtividade de cenoura no Alto Paranaíba.

Entre a onda de frio desta semana e a do dia 23 de maio, há previsão de calor acima da média no Rio Grande do Sul, com desvio de até 3 °C no oeste do estado.

O que aconteceu nos últimos sete dias

Na última semana, choveu de forma irregular sobre o Brasil, mesmo com a passagem de uma frente fria. Somente a Região das Missões (RS) e o Parecis (MT) receberam chuva forte. As precipitações foram favoráveis ao início da instalação do trigo no primeiro estado e ajudaram a estancar as perdas do milho segunda safra e a aumentar a produtividade do algodão no segundo estado.

De resto,observa-se uma estiagem que bate 30 dias desde o leste de Santa Catarina até o interior do Nordeste, passando pelo Paraná, São Paulo, Minas Gerais e partes de Goiás e de Mato Grosso do Sul. “O milho safrinha é a lavoura mais castigada pela falta de chuva e produtores já começam a solicitar o seguro. A chuva da semana passada era primordial para uma safra razoável em algumas áreas produtoras do norte do Paraná, mas ela não veio”, diz Celso Oliveira.

Na cana-de -açúcar, apesar das atividades de colheita aceleradas, a falta de chuva regular impede a instalação de novas áreas e o desenvolvimento de áreas recém colhidas.

Com a falta de chuva, também aumenta o número de queimadas. O fogo começou mais cedo neste ano pelo corte mais precoce da chuva, a partir de março. De acordo com o Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Pampa e o Pantanal são os biomas mais afetados. Em comparação com 2019, o número de focos de queimada aumentou 266% no primeiro e 186% no segundo bioma.

Além da chuva irregular, chamou a atenção a queda acentuada da temperatura no fim da semana passado. A geada, no entanto, foi danosa somente em áreas de feijão e hortaliças do sul e leste do Paraná. Ainda falando de hortifruti, após um início de instalação atrasado pelo excesso de chuva entre janeiro e fevereiro, a colheita da cenoura no Alto Paranaíba de Minas Gerais vem se mostrando favorável. As condições climáticas melhoraram com diminuição da chuva e da temperatura aumentando a produtividade. E sem expectativa de chuva forte nas próximas semanas, a tendência é de manutenção do cenário. No tomate do interior do Rio de Janeiro, as baixas temperaturas estão contribuindo para uma maturação mais lenta que o normal, situação que deverá se manter nas próximas semanas.

No Nordeste, a chuva forte observada no fim de semana entre o nordeste da Bahia e Sergipe favorece a instalação do feijão na região de Ribeira do Pombal (BA) e o desenvolvimento do milho entre a Zona da Mata e agreste dos dois estados.

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