Tempo

Previsão do tempo para os próximos dias: chuvas e mais frente fria

Veja os destaques da meteorologia para cada região geográfica do país

O Brasil seguirá com chuvas e passagem de frente fria no decorrer dos próximos dias. De acordo com a previsão do tempo para até 14 de abril, esses fenômenos serão destaques no período.

  • Sul

A expectativa é da passagem de uma frente fria até o início de abril. E ela pode provocar chuva forte e com acumulados significativos na região. As pancadas serão irregulares e intercaladas com janelas de tempo firme e ainda altas temperaturas. Volumes entre 35 e 70 milímetros (mm) podem ser registrados desde a Fronteira Oeste Gaúcha até o leste do Paraná.

De 3 a 8 de abril, o tempo mais seco volta a se espalhar pela maior parte do Sul, o que deve favorecer os trabalhos de finalização da colheita da soja e da semeadura do milho safrinha e do sorgo. A chuva deve persistir apenas na faixa leste dos três estados, mas sem grandes volumes.

Para o período de 9 a 14 de abril, a previsão do tempo indica potencial para pancadas de chuva especialmente no sudoeste paranaense. Os volumes, contudo, não devem ultrapassar a casa dos 40mm nos cinco dias. Ou seja, as instabilidades não devem provocar transtornos aos agricultores e pecuaristas.

  • Sudeste

Os últimos dias de março e os primeiros de abril serão marcados por chuva significativa no centro-leste paulista, no sul de Minas Gerais e no Rio de Janeiro. Isso porque haverá a passagem de mais uma frente fria. Além disso, são aguardados volumes entre 35 e 100mm. Os maiores acumulados, a saber, devem ser registrados no litoral, não se descartando o risco de algum transtorno pontual como alagamentos e deslizamentos de terra.

Por outro lado, tratando-se das áreas produtoras da região, a expectativa é de chuvas irregulares entre o oeste paulista e o Triângulo Mineiro, além do Espírito Santo. Enquanto isso, não deve chover no norte de Minas, mantendo as áreas de pastagens bem secas.

A chuva avança para o centro-norte mineiro de 3 a 8 de abril e, assim, trará um pequeno alívio aos agricultores e pecuaristas. Entretanto, os volumes mais expressivos, acima de 40mm, serão registrados de forma mal distribuída e a maior parte das áreas deve receber um baixo volume, mantendo o solo bem seco. Inclusive, a tendência de a 9 e 14 do próximo mês é que uma massa de ar seco se instale sobre todo o Sudeste. Nesse sentido, não há previsão de chuvas para o período.

  • Centro-Oeste

A chuva volumosa persiste no noroeste de Mato Grosso nos próximos dias — ainda sob efeito de instabilidades tropicais mais organizadas na região Norte. Ou seja, a chuva será mais pontual e vai atrapalhar as atividades de campo nessas áreas. Entretanto, a chuva continuará irregular e sem grandes volumes até 2 de abril na maior parte da área central do país.

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Foto: reprodução

A expectativa é de chuvas volumosas entre o centro-norte de Mato Grosso e partes do Goiás de 3 a 8 de abril, com volumes que podem variar entre 35 e 70mm, o que pode impactar negativamente o andamento das atividades de campo, especialmente a semeadura do milho safrinha.

Em Mato Grosso do Sul, no entanto, a condição é de tempo seco. Assim, favorecerá a colheita da soja e o plantio do safrinha e do sorgo. Para o período de 9 a 14 de abril, a tendência é de chuvas significativas e persistentes ainda em Mato Grosso, mas somente no extremo norte do estado, com volumes acima de 30mm. Enquanto isso, a massa de ar seco inibe a formação de nuvens de chuva e deve se espalhar pela maior parte do estado, sendo um alívio aos produtores de Goiás e sul de Mato Grosso, que poderão retomar as atividades de colheita e plantio.

  • Nordeste

Do finalzinho de março até os primeiros dias de abril pouca coisa muda, com expectativa de chuvas volumosas atrapalhando as atividades de campo entre o norte do Maranhão, do Piauí e do Ceará. Acumulados acima de 100mm podem ser registrados em cinco dias, não se descartando o risco de mais transtornos no campo e nas cidades.

Nada de chuva, no entanto, em praticamente todas as áreas produtoras da Bahia, o que mantém o solo seco e com baixo potencial produtivo. No período de 3 a 8 de abril, a chuva começa a se espalhar pela Bahia, mas ainda em forma de pancadas rápidas, irregulares e com volumes insuficientes para reverter o déficit hídrico. No mais será um pequeno alívio aos produtores que, todavia, vivem a estiagem prolongada e o calor excessivo. No período, a saber, os maiores volumes devem ser registrados na faixa norte da região, desde o Maranhão até a Paraíba, com acumulados entre 70 e 200m em cinco dias.

A partir de 9 de abril o tempo volta a secar completamente na Bahia, trazendo, dessa forma, a maior preocupação de volta aos produtores e pecuaristas devido ao solo seco. Na faixa norte, onde a chuva tem sido excessiva, os acumulados passam a ser menos expressivos de modo geral e não devem passar dos 35mm, dando uma pequena trégua aos produtores rurais.

  • Norte

Entre o final de março e começo de abril há previsão de muita chuva ainda na maior parte da região, que vive situação de emergência em diversas localidades devido ao excesso de umidade. Volumes acima de 100mm ainda devem ser registrados em cinco dias entre o Acre, Amazonas e Pará. Não se descarta, aliás, o risco de mais transtornos no campo e tragédias nas cidades. Só deve chover menos na metade sul do Tocantins e no norte de Roraima.

Para de 3 a 8 e abril, a previsão do tempo indica mais chuva na região nortista, especialmente no Pará e no Amapá, com chuvas abrangentes e volumosas, provocando impactos negativos nas lavouras e nos pastos que, aliás, já estão com solo encharcado. A chuva volta a ganhar intensidade também no Tocantins durante o período, mas não deve atrapalhar muito as atividades de campo, pelo menos não de forma duradoura.

No período de 9 a 14 de abril, a tendência é mais chuva concentrada entre Rondônia, o sudoeste do Amazonas e o Acre, com volumes entre 70 e 200mm. Ou seja, a situação ainda é bem preocupante até a primeira metade do mês de abril.

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Editado por: Anderson Scardoelli.

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