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Saiba mais sobre os efeitos de um possível La Niña neste ano

O Oceano Pacífico já está em resfriamento e, mesmo que o fenômeno não se configure, o clima deve sentir o impacto nos próximos meses

Após muita ameaça, o oceano Pacífico finalmente entra em seu período frio. Dependendo da simulação usada, podemos chegar à conclusão de que a intensidade e duração da temperatura abaixo da média dará origem a um fenômeno La Niña ou que haverá, sim, um período frio no Pacífico, mas que ele não será duradouro e intenso suficiente para formação de um La Niña.

“Cada simulação tem uma metodologia diferente, mas o que chama a atenção é a temperatura no oceano Pacífico profundo. Embora exista água fria em profundidade, algo que manterá a temperatura da superfície mais baixa que o normal, na porção oeste do Pacífico profundo não são vistas grandes massas de água fria que poderiam manter o resfriamento por tempo suficiente para nomear o fenômeno como La Niña”, afirma Celso Oliveira, meteorologista da Somar.

Segundo ele, independentemente da formação ou não do fenômeno, o fato é que a atmosfera sentirá a queda da temperatura do maior oceano do globo e trará um padrão climático próximo do La Niña, mesmo sem configuração.

Efeitos no Brasil

O maior efeito do resfriamento do Pacífico durante o inverno é a chuva mais fraca do que o normal no Sul e em parte do Sudeste e Centro-Oeste. As frentes frias não têm amplitude suficiente para avançar pelo interior da América do Sul, conectar com a umidade da Amazônia e trazer chuva. Boa parte dos sistemas frontais afasta-se para a costa do Brasil mantendo a precipitação abaixo da média histórica. É importante afirmar que este efeito será visto principalmente no decorrer do segundo semestre.

Atualmente, a atmosfera ainda não sente o efeito do declínio da temperatura no oceano porque existe um “delay” e o que predomina é a sazonalidade, a climatologia de cada região. A sazonalidade indica que a chuva neste momento acontece de forma mais frequente sobre o Centro e Sul do Brasil por conta do avanço das primeiras grandes ondas de frio e a presença da umidade da Amazônia.

“Importante pontuar que a região Sul vinha de um período de estiagem que, dependendo da localidade, já durava seis meses. A partir de agora seremos surpreendidos por chuva forte em parte do Centro-Sul como já aconteceu em maio em partes do Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso”, diz Celso Oliveira.

Em relação às temperaturas, elas podem ficar acima da média para a maior parte do Brasil no trimestre junho, julho, agosto. “Embora, 2020 mostre-se mais frio que 2019, espera-se alternância entre períodos frios e de calor. E no fim das contas, o calor vai predominar mais que o frio”.

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