Diante de mais uma frente fria, a quinta-feira (1º de setembro) amanheceu gelada no Sul do Brasil e também em algumas áreas do Sudeste, principalmente no sul de Minas Gerais. Em Santa Catarina, pelo quarto dia seguido, os termômetros estiveram abaixo de zero em certas cidades. Foi o caso de Bom Jardim da Serra, que chegou a atingir -0,2ºC durante a madrugada.
No Sudeste, o primeiro dia de setembro teve como destaque o sul mineiro. Em Delfim Moreira, cidade turística com bastante altitude, a temperatura ficou 6,5 graus abaixo de zero, com sensação térmica parecida, pois os ventos estão calmos. Campos do Jordão (SP), com 2,1 graus ao amanhecer, registrou formação de geadas. Em Maria da Fé (MP), a baixa registrada foi de 4,2ºC. Foi uma madrugada gelada no alto da Serra da Mantiqueira, mas sem afetar as principais áreas produtoras da região.
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Previsão para os próximos dias de setembro
Além disso, a partir desta sexta-feira (2) o ar polar perde sua força, dando lugar à chuva, que já está bem perto do Rio Grande do Sul. Deve chover no estado gaúcho, em Santa Catarina e nas áreas mais ao sul do Paraná.
Para o primeiro fim de semana de setembro de 2022, a nova frente fria vai alcançar a costa do Sudeste. Essa condição climática deve aumentar a quantidade de nuvens e, provavelmente, provocará chuva fraca ao longo da faixa leste da região: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e, no máximo, zona da mata mineira.
“[Centro-Oeste e Sudeste] terão no início da semana que vem com o frio, mas sem potencial para formação de geadas” — Desirée Brandt
“De domingo (4) para segunda-feira (5), a temperatura cai de novo na região Sul, com formação de geadas, especialmente na madrugada de domingo, entre Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sul do Paraná”, avisa Desirée Brandt, meteorologista da Climatempo, indicando que o frio terá vez também no início da próxima semana.
“Na metade norte do Paraná e no oeste do estado não há previsão de geada, assim como áreas do Centro-Oeste do Sudeste, que terão no início da semana que vem com o frio, mas sem potencial para formação de geadas”, observa Desirée, que informa: deve continuar a chover no extremo da região Norte e na costa leste do Nordeste.
Previsão para áreas produtoras
Apesar da chuva prevista para a faixa leste nordestina, as áreas produtoras do Sealba não devem ser beneficiadas. Isso porque ela será muito fraca. “Portanto, não irá recuperar o déficit hídrico das áreas produtoras de milho e de feijão no nordeste da Bahia e, principalmente, nas áreas mais distantes do litoral”, afirma Desirée.
De forma geral, para o Sul e o chamado Brasil Central, o clima continuará a beneficiar as atividades em campo, a qualidade das fibras de algodão e a secagem natural do milho, além da maturação e a colheita do trigo, da cana-de-açúcar e do café.
“Mesmo nas áreas onde ainda tem trigo em enchimento de grãos, como é o caso do sul de Mato Grosso do Sul e alguns pontos do Paraná, ainda há umidade disponível no solo. E isso acaba beneficiando esse trigo, que é pouco, mas ainda está numa fase que requer um pouco de umidade”, complementa Desirée Brandt.
