A biomassa representa apenas 4% do consumo nacional, mas a produção vem crescendo a cada ano. Em 2014, foram gerados 20,8 mil gigawats hora, 20% a mais do que em 2013. A quantia seria suficiente para abastecer 11 milhões de casas.
No Brasil, existem 389 usinas de açúcar e etanol, 170 delas, ou seja, 40%, produzem bioeletrecidade para consumo próprio e também para venda. Segundo o gerente da Unica, em tempos de seca, a alternativa é extremamente viável e já influenciou o nível dos reservatórios.
– A biomassa manteve 14% do nível dos reservatórios – garante Souza.
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Leonardo Santos Caio Filho, gerente de Tecnologia e Aplicações, da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), avalia que a biomassa complementa as termoelétricas, porque pode gerar energia em um período de menor fluxo de água.
Além disso, a produção de biomassa é viável pela proximidade entre usinas e consumidores.
Mas apesar de tantos benefícios, a biomassa é pouco explorada. Segundo o representante da Cogen, o motivo é a competitividade. A aposta, no entanto, é que o cenário tende a mudar com a criação de novos leilões de energia, pelo governo federal.
Selo Energia Verde
Usinas e empresas receberam o selo Energia Verde nesta segunda, dia 26, dado a quem produz ou consome a eletricidade gerada pela biomassa da cana-de-açúcar.
O selo Energia Verde é um projeto da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) em parceria com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. O certificado foi entregue a duas empresas que utilizam a biomassa da cana e também a sete usinas produtoras.
– O selo é dado a quem utiliza pelo menos 20% de energia de biomassa – explica o gerente de Bioeletricidade da Unica, Zilmar José de Souza.
