Um criador de bois e ovelhas de alta qualidade no Distrito Federal resolveu comprar um Boeing 737-200 da antiga empresa de linhas aéreas Vasp para transformar em um restaurante especializado em carnes nobres.
Quem passa perto da propriedade do pecuarista Rogério Tokarski, localizada em Planaltina, se impressiona com a aeronave ainda intacta em meio ao verde do campo. Criador de bois da raça wagyu, uma das mais nobres do mundo, Tokarski quer que o avião vire um local de referência gastronômica na região.
“Nós queremos preservar parte desta carcaça, mantendo pelo menos 80% das poltronas. No restante, vamos fazer um restaurante temático com comidas de alto valor agregado, que são os nossos carneiros e o wagyu. O objetivo é virar uma referência”, falou.
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Qualidade
O pecuarista faz parte de um grupo seleto de 20 criadores de wagyu registrados no Brasil. A raça milenar japonesa chegou ao país na década de 1990 e tem como ponto forte a produção de uma carne extremamente macia. O marmoreio, que é a gordura se entrelaçando nas fibras, é a principal característica do produto.
O quilo dos cortes mais nobres do wagyu pode chegar a R$ 1 mil, mas esse alto rendimento tem seu custo, já que uma matriz de qualidade custa, em média, R$ 20 mil e uma dose de sêmen pode variar entre R$ 50 e R$ 3 mil.
“Tomei conhecimento desta raça durante minhas viagens e estudos. Ela produz um marmoreio fantástico, que dá qualidade de carne e é isso que o mundo procura: carne macia, entremeado com boa gordura”, disse o pecuarista.
Em breve, essa carne tão cobiçada poderá ser apreciada dentro de um avião, no meio de uma fazenda. Uma experiência, sem dúvida, inusitada.
