Para o comentarista do Canal Rural Miguel Daoud, o projeto de lei do autocontrole sanitário para empresas está sendo discutido em decorrência da falta de capacidade e condições do Ministério da Agricultura de fiscalizar os abatedouros por falta de fiscais, e não porque eles querem ser modernos.
Segundo o comentarista, pela dimensão do Brasil hoje fica evidente a falta de fiscalização. A sorte, segundo ele, é que os grandes frigoríficos não precisam de fiscal, devido ao mercado internacional que é exigente com as compras. Cita como exemplo as câmaras que o comprador acompanha passo a passo desde o abate do animal.
No entanto, Daoud cita que o principal risco para o país é o sanitário. Algumas regiões ainda fazem o abate em árvores, que são irregulares. “Eu acho que a liberdade pressupõe responsabilidade, todos os países que adotam esse modelo de autocontrole consideram crime quando você não segue a questão das regras sanitárias, pois você está mexendo com a vida das pessoas”, afirma.