ENTREVISTA

Açúcar: para especialista, Brasil deve suprir mercado caso Índia confirme alta nos preços

Mercado está atento a fatores como clima e conflitos no Mar Vermelho, segundo analista da hEDGEpoint Global Markets

A Índia, um dos principais produtores de açúcar do mundo, anunciou uma possível elevação nos preços mínimos, resultando em um aumento significativo nos contratos futuros do adoçante na última quarta-feira. Em uma entrevista exclusiva, a analista de açúcar e etanol da hEDGEpoint Global Markets, Lívia Coda, discutiu as movimentações desse mercado.

O último relatório da consultoria indicava um equilíbrio no mercado de açúcar, mas com atenção para posições especulativas que poderiam influenciar as cotações. Sobre o possível aumento dos preços na Índia, Lívia destacou que ainda não há confirmação, mas em um momento global de balanço apertado, qualquer notícia que pareça altista pode desencadear movimentações, como as observadas na quarta-feira.

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A perspectiva para a oferta e demanda de açúcar é influenciada pela safra brasileira. Com a maior safra em 2023-2024, o Brasil está suprindo o mercado internacional, compensando a oferta mais restrita no hemisfério norte. Apesar das condições climáticas adversas em dezembro, espera-se que o Brasil continue contribuindo positivamente para o balanço global de açúcar.

Além disso, o mercado está atento a fatores como clima e conflitos no Mar Vermelho, que podem impactar a produção. O ano de 2024 traz riscos climáticos, e qualquer evento, seja ele altista ou baixista, pode afetar as cotações. O monitoramento desses elementos é crucial para investidores que buscam compreender as dinâmicas do mercado global de açúcar.

A entrevista destacou a volatilidade presente no mercado de commodities, onde fatores geopolíticos e climáticos desempenham um papel significativo nas flutuações de preços.