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Economia

Dólar abaixo de R$ 5 pode ter impacto nos custos do agro, diz Daoud

Comentarista do Canal Rural acredita que a moeda norte-americana deve se desvalorizar frente ao real

O dólar caiu e fechou o mercado de terça-feira (10) sendo negociado a R$ 5,20. Na visão de Miguel Daoud, comentarista do Canal Rural, a tendência de queda da moeda norte-americana frente ao real deve seguir ao decorrer dos próximos dias e das próximas semanas.

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De acordo com ele, a projeção que se desenha no cenário cambial é de, num curto prazo, o dólar ficar abaixo dos R$ 5. O que poderia ser encarada como uma boa notícia para outros segmentos econômicos do país, essa possibilidade é negativa para o agronegócio, sobretudo àqueles que trabalham com exportação.

Com um dólar mais forte, os exportadores brasileiros da agropecuária conseguem, nesse sentido, diminuir custos de produção. O que, entretanto, não se mantém caso a moeda dos Estados Unidos siga o processo de desvalorização, explicou Miguel Daoud ao participar da edição desta quarta-feira (11) do telejornal ‘Mercado & Companhia’.

“Os custos, provavelmente, vão permanecer por um tempo e a rentabilidade [do produtor] acaba de esvaindo” — Miguel Daoud

“Não é bom [dólar abaixo de R$ 5] mesmo porque os custos subiram demais. E para aqueles que exportam tem uma compensação quando você troca seus dólares por reais para cobrir esses custos”, afirmou o comentarista. “Se você tem o ajuste do dólar tendendo para o ponto de equilíbrio, abaixo dos R$ 5, evidentemente, os custos, provavelmente, vão permanecer por um tempo e a rentabilidade [do produtor] acaba de esvaindo”, complementou Daoud ao conversar com a jornalista e apresentadora Pryscilla Paiva.

Dólar, agro e superávit da balança comercial

primeiro turno - dólar - câmbio
Foto: Agência Brasil

Miguel Daoud apontou, ainda, para o fato de a agropecuária brasileira ser uma das grandes responsáveis pela balança comercial brasileira se manter com superávit. Segundo afirmou, o setor é “superavitário” — diferentemente de outros segmentos do país, como a indústria. Conforme ressaltou, o agro exporta bem mais do que importa — gerando, dessa forma, o superávit comercial.

Diante dessa situação, Daoud indicou, por fim, que o seguro cambial poderá ser acionado por agentes do agronegócio em caso da confirmação da projeção de dólar abaixo de R$ 5. “Meu amigo produtor: pense nas suas estratégias, veja quais são as suas exposições [de dólar], pois os fatos mostram essa tendência”, disse o comentarista do Canal Rural.

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