Agricultura

CNA acredita que agricultura brasileira baterá recordes em 2020

A boa expectativa se baseia, principalmente, nos incrementos esperados para a soja e o milho, que tem tudo para se destacarem. Veja quem não deve ir tão bem!

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Foto: Pixabay/montagem

A primeira boa notícia para o setor agrícola brasileiro para 2020 é que o clima não deve apresentar variações anormais, ou seja não terá influência de fenômenos como El Niño ou La Niña. Diante dessa constatação, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) acredita que o país poderá registrar recordes de produção em diversos setores.

“Isso traz ânimo ao setor, pois em período com essas características dificilmente ocorre perdas de produção provocada por estiagem ou excesso de chuvas”, afirma a entidade.

Quem deve ter recorde

Para as duas principais culturas agrícolas do país, a entidade prevê incrementos expressivos na produção. No caso da soja, o plantio está sendo realizado dentro da janela ideal e a expectativa é de aumento de 2% na área cultivada e de 5% no volume produzido.

Já o milho verão deve ter um incremento de 1% na área plantada, principalmente na região Sul, e a produção poderá ultrapassar 26 milhões de toneladas.

Para o milho segunda safra, a situação é um pouco mais obscura, pois o atraso no plantio da soja deve gerar atraso na colheita e, consequentemente, retardo na semeadura do grão. Ainda assim, a expectativa é de aumento de até 3% na área, que será cultivada a partir de janeiro.

Quem não deve produzir mais

Para o algodão, por conta da redução dos preços internacionais, a área será ampliada a taxas menores, e a produção deve ficar inferior à safra passada.

A produção de feijão também está sujeita à redução na área plantada em até 2%, por causa da concorrência com a soja. Porém, a área com feijões mungo, fradinho, azuki e também com grão-de-bico ganha destaque e deve ter maior participação na área cultivada como segunda e terceira safras.

O arroz é outro que deve ter redução de área em decorrência da crise vivenciada pelo setor.

Vai aumentar, mas nem tanto

No caso do café arábica, a bienalidade positiva será responsável pelo aumento da produção e, para o conilon, espera-se uma ampliação de 2% em relação ao volume colhido em 2019. A intensidade do incremento será medida pelas condições meteorológicas.

Com déficit no balanço mundial de açúcar, o setor sucroenergético prevê ampliação gradual do preço do açúcar, que deve estimular leve aumento na produção (+1%) do adoçante em relação ao etanol (-2%).

O setor de hortifruti, possivelmente, vivenciará investimentos no pacote tecnológico, expansão de área e aumento de produção em 2020, estimulado pelos bons preços praticados para as principais culturas em 2019.