Alimentos impulsionam inflação pelo IPC-S em março, diz FGV

Índice de Preços ao Produtor aumenta com menor intensidade, informa IBGEO Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) encerrou março em alta de 0,85%, bem acima da variação registrada em fevereiro - 0,66% -, acumulando um aumento de 2,51% desde janeiro. Em 12 meses, o percentual foi 6,09%. O levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV), mostra que três dos oito grupos pesquisados apresentaram acréscimos.

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O maior impacto inflacionário partiu dos itens alimentícios que, na média, subiram 1,66% ante 1,58%, na última prévia do mês. O destaque no período foram os laticínios, com variação de 1,23% para 1,55%. Continuaram contribuindo para a elevação do IPC-S o tomate – 42,57% -, a batata-inglesa – 44,21% -, e a alface – 15,71%.

Como influência do custo dos alimentos, as refeições em bares e restaurantes permanece em alta , embora esteja perdendo força com variação de 0,92% ante 0,94%.

Índice de Preços ao Produtor

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) teve expansão moderada de janeiro para fevereiro deste ano e fecha o mês com alta média de 0,51% quando comparado a janeiro, retração de 0,92 ponto percentual em relação à taxa de 1,43% observada na comparação entre janeiro de 2014 e dezembro 2013.

Dados divulgados nesta terça, dia 1º, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que, com o resultado de fevereiro, a variação acumulada pelo IPP nos dois primeiros meses do ano ficou em 1,95%, enquanto a taxa dos últimos 12 meses (o índice anualizado) acumula alta de 8,24%.

O IPP mede a evolução dos preços de produtos de 23 setores da indústria de transformação na “porta da fábrica”, ou seja, na área em que ainda é livre a incidência de impostos e de fretes. A pesquisa do IBGE constatou que houve em fevereiro alta nos preços de 14 das 23 atividades pesquisadas, contra 19 do mês anterior.

Os dados indicam que entre as maiores variações se deram entre os produtos das atividades de confecção de artigos do vestuário e acessórios (2,19%), papel e celulose (-1,87%), e calçados e artigos de couro (1,56%).

A variação de 1,95% relativa à taxa acumulada no ano (janeiro e fevereiro) é a segunda maior da série histórica para os meses de fevereiro, perdendo para o mesmo mês de 2010 quando a variação do bimestre ficou 2,74%.

O levantamento do IBGE indica, ainda, que entre as atividades que mais se sobressaíram em fevereiro deste ano, em termos de variações percentuais, foram refino de petróleo e produtos de álcool (5,09%).

A variação de 8,24% verificada na taxa anualizada de fevereiro (a taxa acumulada dos últimos doze meses) é o maior resultado da série. Neste caso, as quatro maiores variações de preços ocorreram em fumo (19,31%) e  calçados e artigos de couro (14,50%).