Agricultura

Milho e boi se recuperam na B3; veja notícias desta segunda-feira

No mercado financeiro, há otimismo externo com diminuição de casos de Covid-19 no mundo, mas no Brasil eleições no Congresso trazem incertezas

  • Boi: arroba sobe 1,7% na última semana de janeiro
  • Milho: cotações ensaiam recuperação na B3
  • Soja: ainda lento, mercado tem valorização com altas de Chicago e do dólar
  • Café: saca tem leve recuo com queda em Nova York
  • No exterior: bolsas abrem a semana buscando retomar otimismo
  • No Brasil: eleição para presidência do Congresso é destaque da agenda

Agenda:

  • Brasil: Boletim Focus (Banco Central)
  • Brasil: Balança Comercial de janeiro
  • EUA: Inspeções de exportação semanal (USDA)

Boi: arroba sobe 1,7% na última semana de janeiro

O indicador do boi gordo do Cepea subiu 1,7% na última semana de janeiro e terminou o mês cotado a R$ 299,85 por arroba. A cotação tem enfrentado dificuldade de romper de maneira definitiva os R$ 300. Por mais que algumas consultorias já registrem negócios acima desse patamar, sobretudo para boiadas destinadas ao mercado externo, a média ainda se mantém abaixo.

No mercado futuro, os contratos do boi gordo negociados na B3 se recuperaram das quedas dos últimos dias. O vencimento para fevereiro, agora o mais líquido, passou de R$ 291,60 para R$ 293,95 e para março foi de R$ 280,45 para R$ 285,50 por arroba.

Milho: cotações ensaiam recuperação na B3

Após duas semanas de pressão da oferta no mercado físico gerando fraqueza nos preços e impactando os futuros do milho, os contratos negociados na B3 ensaiaram recuperação com duas altas consecutivas. O vencimento para março passou de R$ 84,41 para R$ 86,78 e para maio foi de R$ 81,79 para R$ 83,62 por saca.

O mercado seguiu os avanços do milho na Bolsa de Chicago e do dólar em relação ao real. Nos Estados Unidos, o cereal engatou a quinta alta consecutiva e renovou as máximas. O contrato para março subiu 2,36% e passou de US$ 5,344 para US$ 5,47 por bushel. O impulso veio da forte demanda chinesa pelo produto norte-americano.

Soja: ainda lento, mercado tem valorização com altas de Chicago e do dólar

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, os preços da soja se valorizaram no Brasil seguindo o movimento positivo da oleaginosa na Bolsa de Chicago e do dólar em relação ao real. Porém, a análise destaca que o mercado ainda segue lento e com poucos negócios.

Em Passo Fundo (RS), a saca subiu de R$ 166 para R$ 167. Em Cascavel (PR), foi de R$ 172 para R$ 174. No porto de Paranaguá (PR), valorizou de R$ 165 para R$ 167 por saca.

Em Chicago, o bushel subiu de US$ 13,532 para US$ 13,70 e assim como no caso do milho foi impulsionado pela demanda pelo produto norte-americano.

Café: saca tem leve recuo com queda em Nova York

A saca do café arábica calculada pelo indicador do Cepea recuou 0,59%, de R$ 662,22 para R$ 658,33, seguindo o movimento de queda das cotações em Nova York. Nos EUA, o contrato para março caiu de US$ 1,24 para US$ 1,2295 por libra-peso. Apesar do avanço do dólar em relação ao real, os preços no mercado brasileiro tiveram uma leve correção.

Dessa forma, na comparação semanal, o indicador acumulou uma queda de 0,1%. Ainda assim, no acumulado do ano de 2021, os preços subiram 8,5%. O avanço da pandemia segue como principal atenção do mercado para acompanhamento da demanda global por café.

No exterior: bolsas abrem a semana buscando retomar otimismo

As bolsas globais abrem a semana em terreno positivo buscando retomar o otimismo após os movimentos especulativos na semana passada. Os mercados ainda não tem uma resposta definitiva de como enfrentar o problema de milhões de investidores individuais coordenando compras de ações nas bolsas.

Nos Estados Unidos, a queda no número de hospitalizações por Covid-19 é bem vista e pode sinalizar uma diminuição do avanço da doença. Destaque também para Israel, que atualmente é o país que mais vacinou sua população, e tem recuo expressivo do número de casos e de óbitos nos últimos dias.

No Brasil: eleição para presidência do Congresso é destaque da agenda

Estão previstas para esta segunda-feira as sessões na Câmara e no Senado Federal para eleger os presidentes das casas pelos próximos dois anos. No Senado, há um amplo favoritismo pelo senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Na Câmara, o Deputado Arthur Lira (PP-AL) desponta com mais votos no confronto com Baleia Rossi (MDB-SP).

No fim de semana, o DEM anunciou neutralidade na eleição e deu um grande revés ao candidato Baleia Rossi, já que ele foi alçado pelo atual presidente da Câmara que é do partido, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). Após a decisão do DEM, alguns jornais brasileiros divulgaram que Maia poderia autorizar o andamento de algum dos pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro. O movimento trancaria a pauta do Congresso até que o pedido fosse votado na Câmara e a incerteza em relação a isso pode prejudicar o mercado brasileiro hoje, já que Maia ainda não negou a possibilidade.