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Brasil bate recorde no registro de defensivos agrícolas de controle biológico

Ministério da Agricultura destaca que produtos biológicos e microbiológicos incentivam agricultura sustentável, pois não causam efeito tóxico ao ser humano ou ao meio ambiente

chuva, mãos
Foto: Pixabay

O Brasil bateu recorde no registro de defensivos agrícolas de controle biológico neste ano. Com publicação do Ministério da Agricultura (Mapa) de novos registros nesta quinta-feira, 20, no Diário Oficial da União, o número total em 2020 é de 56 produtos de baixo impacto registrados. Esse é o maior número de registros de produtos desse perfil em um mesmo ano.

De acordo com o Mapa, os produtos biológicos e microbiológicos incentivam a agricultura sustentável, pois não causam efeito tóxico ao ser humano ou ao meio ambiente.

“É um recorde que contribui imensamente para a sustentabilidade da agricultura nacional, pois os produtos biológicos e microbiológicos não deixam resíduos nas culturas. São produtos formulados a partir de agentes biológicos de controle de pragas como vírus e bactérias que atacam somente as pragas da lavoura e não causam nenhum efeito tóxico ao ser humano ou ao meio ambiente”, ressalta o coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins da pasta, Bruno Breitenbach.

O ministério informa que, anteriormente, 2018 havia sido o ano que mais teve registros de baixo impacto, com 52 produtos autorizados. Os produtos que utilizam agentes de controle biológicos na sua formulação são alternativas de controle para os agricultores no combate às pragas, ao mesmo tempo que contribuem para o aumento da sustentabilidade da agricultura nacional.

“Nossa expectativa é de que até o final do ano mais produtos que utilizam agentes de controle biológicos ou bioquímicos na sua formulação sejam registrados, tornando o ano de 2020 o mais verde da história em termos de registro de produtos fitossanitários de baixo impacto”, disse Breitenbach.

Produtos inéditos

Essa é a primeira vez no ano que se registram produtos formulados a partir de ingrediente ativo inédito. A piroxasulfona é uma molécula herbicida que será utilizada para controle de plantas daninhas nas culturas do café, cana-de-açúcar, eucalipto, milho, pinusm soja, trigo, amendoim, batata, cevada, fumo, girassol e mandioca. A molécula é menos tóxica que alguns herbicidas já comercializados atualmente.

Uma outra novidade é o novo registro da flubendiamida. Até hoje, havia apenas um produto formulado contendo essa molécula, produzido e comercializado por apenas uma companhia.

“Está sendo quebrado o monopólio da flubendiamida. Com esse registro, o mercado tende a ser mais justo e os preços mais acessíveis para o produtor rural”, destaca Breitenbach. Esse novo registro possui indicação para algumas das culturas chamadas de minor crops (pequenas culturas) como amendoim, aveia, centeio, cevada, ervilha, grão-e-bico e triticale.

Os demais produtos utilizam ingredientes ativos já registrados anteriormente no país. Os produtos foram analisados e aprovados pelo Ministério da Agricultura, pelo Ibama e pela Anvisa, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.