Soja

Grãos: relatório do USDA pressiona cotações nas bolsas internacionais

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Foto: Pixabay

O mercado brasileiro de milho fechou a semana com preços firmes. Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, as negociações ainda ocorrem de maneira regionalizada em diversos estados.

“O comportamento dos produtores mudou sensivelmente nos últimos dias, reduzindo a intenção de venda. Os consumidores passam a se deparar com uma posição de menor conforto em seus estoques, aumentando a avidez de compra”, comenta, o que dá sustentação aos preços.

Chicago

Sexta de preços mais baixos em Chicago. O mercado digeriu os números do relatório de oferta e demanda de novembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, divulgados na quinta, dia 8.

Na semana, a posição dezembro caiu 0,4%. Os contratos foram pressionados pela forte elevação na projeção para as reservas globais do grão, graças ao reajuste nos estoques chineses.

Milho no mercado físico – por saca de 60 kg

      • Rio Grande do Sul: R$ 39
      • Paraná: R$ 33
      • Campinas (SP): R$ 38
      • Mato Grosso: R$ 21
      • Porto de Santos (SP): R$ 36
      • Porto de Paranaguá (PR): R$ 35,50
      • São Francisco do Sul (SC): R$ 35,50
      • Veja o preço do milho em outras regiões

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – por bushel

        • Dezembro/2018: US$ 3,69 (-3,75 cents)
        • Março/2019: US$ 3,81 (-4 cents)

Soja

O mercado brasileiro não apresentou alterações nesta sexta. Os preços pouco oscilaram e não houve registro de negócios. Apesar da reação de Chicago, o produtor ficou de fora, preferindo plantar a negociar.

Na Bolsa

Os contratos futuros terminaram a sexta em alta, recuperando boa parte das perdas acumuladas ao longo da semana. A elevação teve caráter técnico, já que fundamentalmente o quadro de oferta e demanda global segue pressionando.

Este movimento foi reforçado pelo relatório de novembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Apesar do corte na estimativa de safra dos Estados Unidos, os estoques finais americanos e mundiais foram elevados. A previsão de exportações americana foi cortada, assim como a de importação por parte da China, ressaltando os efeitos da guerra comercial entre os dois países.

Soja no mercado físico – por saca de 60 kg

      • Passo Fundo (RS): R$ 82,50
      • Cascavel (PR): R$ 79
      • Rondonópolis (MT): R$ 74
      • Dourados (MS): R$ 75,50
      • Porto de Paranaguá (PR): R$ 85
      • Porto de Rio Grande (RS): R$ 85,50
      • Porto de Santos (SP): R$ 85,50
      • Porto de São Francisco do Sul (SC): R$ 86
      • Confira mais cotações

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – por bushel

        • Novembro/2018: US$ 8,75 (+7,75 cents)
        • Janeiro/2019: US$ 8,86 (+7,75 cents)

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 0,50 (-0,16%), sendo negociada a US$ 305,60 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 27,62 centavos de dólar, com baixa de 0,40 centavo ou 1,42%.


Café

Os contratos futuros do café arábica despencaram na Bolsa de Chicago. Na sexta, dia 9, o mercado repercutiu a nova estimativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para a safra brasileira.

A nova projeção do USDA aponta temporada recorde no Brasil, com 63,4 milhões de sacas de 60 quilos, devido a melhores rendimentos agrícolas em relação aos que eram projetados anteriormente. A nova estimativa ficou 5%, ou 3,2 milhões de sacas, acima da projeção anterior, de seis meses atrás, que apontava uma safra de 60,2 milhões de sacas. Dentro do total, o arábica responde por 46,9 milhões de sacas e o robusta, 16,5 milhões de sacas.

Londres

O café robusta fechou a semana perto da estabilidade. Segundo traders, o mercado teve uma sessão de busca de ajuste técnico após toda a volatilidade das últimas sessões. As perdas do petróleo e do arábica em NY pressionaram Londres, enquanto fatores técnicos limitaram o efeito baixista, com ajuste de carteiras ante o final de semana. No balanço da semana, o contrato janeiro acumulou uma alta de 0,6%.

Brasil

O mercado interno teve uma sexta-feira de preços mais baixos. A queda do arábica na Bolsa de Nova York pressionou as cotações. Com isso, o dia foi lento na comercialização, com o vendedor se ausentando.

Café no mercado físico – por saca de 60 kg

        • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 435 a R$ 440
        • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 440 a R$ 445
        • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 365 a R$ 370
        • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 328 a R$ 335
        • Confira mais cotações

Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – por libra-peso

          • Dezembro/2018: US$c 113,85 (-2,80 cents)
          • Março/2019: US$c 117,50 (-2,70 cents)

Café robusta na Bolsa de Londres (Liffe) – por tonelada

          • Novembro/2018: US$ 1.661 (+US$ 1)
          • Janeiro/2019: US$ 1.685 (+US$ 1)

Boi gordo

As cotações da arroba do boi gordo subiram 0,1% na semanada passada, de acordo com a Scot Consultoria. O resultado é uma média das 32 praças pecuárias acompanhadas pela empresa.

De acordo com analistas, esse ligeiro ajuste positivo mostra que o cenário de pressão de baixa observado em outubro já começa a se dissipar e há menos espaço para quedas. “Muito disso em função da oferta de boiadas, que começa a recuar, ao passo que o volume de animais destinados ao abate oriundos de confinamento diminui”, diz a Scot, em informativo.

Além do mais, com o recebimento dos salários no início do mês, o varejo aumenta o volume de compras, a fim de abastecer os estoques para atender o maior consumo da população.

A somatória dessa menor oferta e maior intensidade do varejo nas compras impactou as referências no mercado atacadista. A carcaça de bovinos castrados fechou a semana com valorização de 5% e a referência está em R$ 9,96 por quilo, maior patamar das últimas seis semanas.

Boi gordo no mercado físico – arroba à vista

          • Araçatuba (SP): R$ 147
          • Triângulo Mineiro (MG): R$ 141
          • Goiânia (GO): R$ 136
          • Dourados (MS): R$ 146
          • Mato Grosso: R$ 130,50 a R$ 133
          • Marabá (PA): R$ 132
          • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,60 (kg)
          • Paraná (noroeste): R$ 149,50
          • Sul (TO): R$ 134
          • Veja a cotação na sua região

Dólar e Ibovespa

A cotação da moeda norte-americana encerrou a semana em queda de 0,06%, valendo R$ 3,736 para venda. Depois de oscilar entre alta e baixa nos pregões desta semana, o dólar encerra com valorização acumulada de 1,13%, com a segunda alta semanal seguida.

O Banco Central também fechou o último pregão da semana mantendo os swaps cambiais tradicionais, sem ofertas extraordinárias de venda futura da moeda.

O Ibovespa, índice da B3, fechou o pregão desta sexta-feira, dia 9, em alta de 0,02%, com 85.641 pontos. As ações das principais empresas mantiveram a mesma tendência de alta, com Petrobras encerrando a semana valorizada em 0,32%, Itaú com alta de 1,16%, Bradesco com valorização de 1,48%. Já os papéis da Vale fecharam a semana em queda de 4,05%.


Previsão do tempo para segunda

Sul

A semana começa com poucas mudanças no Sul, ainda com tempo firme e sol sobre a maior parte dos três estados.

No litoral do Paraná, a chuva finalmente perde força, mas o céu continua nublado e a temperatura não sobe muito. Já em áreas litorâneas do norte catarinense será mais um dia com chuva, porém de forma isolada e intercalada com períodos de melhoria.

No Rio Grande do Sul, as instabilidades seguem se aproximando e a chuva se espalha por toda a faixa de divisa com o Uruguai, no entanto, também são pancadas isoladas e sem grandes acumulados. Vale ressaltar que em todo o litoral gaúcho, os ventos são fortes com rajadas de até 70 quilômetros por hora.

Sudeste

As instabilidades perdem intensidade na região, com exceção do extremo norte mineiro, onde a chuva ainda pode ser um pouco mais expressiva, mas nada comparado aos dias anteriores.

Nas demais áreas de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo pode chover de forma menos intensa, pois são pancadas rápidas e intercaladas com períodos de melhoria.

É no estado de São Paulo que a massa de ar seco segue avançando e inibe a formação de nuvens carregadas sobre praticamente todo o estado, Na capital paulista, o sol volta a predominar.

Centro-Oeste

Tempo instável e chuva expressiva em áreas do leste de Mato Grosso e boa parte de Goiás devido instabilidades no alto da atmosfera.

Nas demais áreas e também no norte de Mato Grosso do Sul, a chuva ocorre de forma rápida e sem grandes acumulados.

No leste e sul do estado sul-mato-grossense, o tempo firme segue predominando.

Nordeste

O dia começa ainda com pancadas de chuva desde o centro-sul do Maranhão até a Bahia. Aliás, vale ressaltar que a chuva ainda pode ser volumosa em áreas da faixa sul baiana devido a formação de instabilidades no alto da atmosfera.

Nas áreas mais ao norte, o sol predomina.

Norte

Chuva rápida em praticamente todo Norte do país devido à combinação entre o calor e a umidade da Amazônia

Já em áreas do estado de Tocantins, as instabilidades ganham força e a chuva ocorre de forma mais expressiva, volumosa e forte, com potencial para temporais.