A cachaça, bebida tipicamente brasileira, é considerada o primeiro destilado das Américas, com registros históricos indicando sua produção intencional em um engenho de açúcar no litoral brasileiro por volta de 1532.
Hoje, o Brasil possui uma capacidade instalada de produção anual estimada em cerca de 1,2 bilhão de litros, gerando mais de 600 mil empregos diretos e indiretos.
São Paulo se destaca como um dos principais polos de produção, exportação e consumo da cachaça no país, de acordo com Elisangela Marques Jeronimo Torres, do Grupo de Estudos da Cadeia da Cachaça de Alambique (GECAA), vinculado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA).
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Segundo dados do Levantamento Censitário das Unidades de Produção Agropecuária do Estado de São Paulo (Lupa), conduzido pela Secretaria de Agricultura e pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) em parceria com o Instituto de Economia Agrícola (IEA), aproximadamente 412 unidades com alambiques foram identificadas no estado.
No entanto, especialistas acreditam que esse número seja consideravelmente maior, possivelmente dobrando essa estimativa, como aponta José Carlos de Faria Junior, coordenador das Câmaras Setoriais da SAA.
Uma iniciativa para incentivar a regularização da produção desses produtores é o lançamento do 1º Concurso Estadual de Qualidade da Cachaça Paulista “Cachaça.SP” pela Secretaria de Agricultura.
Esse concurso não apenas estimula a indústria, mas também auxilia na compreensão do tamanho desse mercado, permitindo a formulação de políticas públicas eficazes para apoiar os produtores, conforme explicou o coordenador das Câmaras Setoriais da SAA.
O objetivo principal do concurso é avaliar, valorizar e promover a cultura da produção de cachaça no estado de São Paulo, visando a sustentabilidade dessa cadeia produtiva. Além disso, busca estabelecer um padrão de qualidade para os consumidores. É importante destacar que apenas produtores devidamente regularizados podem participar, sendo proibidas amostras provenientes de outros estados.
A competição promete ser acirrada, com a organização do concurso prevendo a avaliação de cerca de 200 rótulos para eleger as melhores cachaças paulistas em três categorias distintas.
