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Estados Unidos aprovam açúcar feito de cana transgênica do Brasil

Agência do Departamento de Saúde dos Estados Unidos concluiu que tanto o açúcar bruto quanto o refinado são seguros para consumo

Foto: Pixabay

A Food and Drug Administration (FDA), agência do Departamento de Saúde dos Estados Unidos, concluiu o processo de avaliação de segurança alimentar para o açúcar produzido a partir de cana geneticamente modificada, desenvolvida pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), empresa 100% brasileira com foco em pesquisa, desenvolvimento e comercialização de variedades de cana-de-açúcar.

Com base nas informações e documentos apresentados, a FDA concluiu que, tanto o açúcar bruto quanto o refinado, produzidos a partir da primeira variedade de cana geneticamente modificada do Brasil, são tão seguros para o consumo quanto os provenientes das convencionais.

A variedade desenvolvida pelo CTC é resistente à broca da cana, que causa perdas estimadas em R$ 5 bilhões por ano nos canaviais brasileiros. O gene Bt usado na variedade tem pelo menos 20 anos de uso seguro na agricultura global, principalmente em culturas como soja, milho e algodão. A aprovação do FDA reforça a conclusão da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), que avaliou todos OS aspectos de biossegurança da variedade e aprovou seu uso comercial em junho de 2017.

De acordo com Viler Janeiro, diretor de Assuntos Corporativos do CTC, o açúcar produzido a partir da cana Bt é idêntico ao produzido a partir de variedades convencionais. O executivo celebra a nova conquista. “O reconhecimento pelo FDA é motivo de orgulho para todos nós, pois trata-se de uma das agências reguladoras mais relevantes e criteriosas no cenário internacional”, afirma o diretor.

A FDA é a agência norte-americana responsável por controlar alimentos e medicamentos por meio da avaliação de testes e pesquisas científicas. Criada em 1862, a agência responde pela proteção à saúde pública, garantindo a eficácia e segurança de medicamentos humanos e veterinários, produtos biológicos e dispositivos médicos, além da segurança de alimentos.