China anuncia redução de tarifas sobre importação de carne suína

De acordo com o governo asiático, a medida visa suprir a demanda do produto em consequência da escassez provocada pela peste suína africana

A China anunciou que reduzirá as tarifas de importação de carne de porco congelada, para suprir a demanda do produto em consequência da escassez provocada pela peste suína africana que dizimou o plantel asiático em 2019. Além disso,  produtos farmacêuticos e alguns componentes de alta tecnologia a partir de 1 de janeiro, uma decisão que ocorre quando Pequim e Washington se encaminham para oficializar o acordo comercial da primeira fase.

Em um plano aprovado pelo Conselho de Estado, a China cortará impostos  sobre 850 tipos de produtos, incluindo medicamentos para o tratamento de asma e diabetes e semicondutores, segundo o Ministério das Finanças do país. A medida parece não ter ligações com as atuais negociações entre o país asiático e os Estados Unidos, contudo, neste sábado, 21, o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que um “avanço” foi alcançado nas negociações comerciais com a China e ele espera que um acordo seja assinado “muito em breve”.

O plano também reduzirá as tarifas de mais de oito mil produtos para 23 países e regiões que têm acordos de livre comércio com a China, incluindo Austrália, Coréia do Sul, Islândia, Nova Zelândia e Paquistão, a partir do próximo ano. O comunicado disse que a China reduzirá os impostos sobre certos produtos e serviços de tecnologia da informação a partir de 1 de julho de  2020.

Este anúncio ocorre enquanto a China e os Estados Unidos estão prestes a  fechar um acordo comercial com o qual estão tentando terminar uma guerra tarifária que dura quase dois anos. Nenhuma das partes publicou uma versão preliminar do pacto, mas a China disse que comprará mais produtos norte-americanos, incluindo produtos agrícolas, enquanto Washington disse que
cancelará seus planos de aplicar uma nova rodada de impostos e reduzir alguns dos existentes.

Os cortes nas tarifas anunciados parecem preparar o terreno para a gigante asiática importar mais produtos dos Estados Unidos sem violar as regras comerciais internacionais que proíbem o comércio direcionado.