Agronegócio

Coronavírus: governo monitora situação no Brasil e orienta produtores

De acordo com o Ministério da Agricultura, a doença pode causar infecções em animais. Entretanto estudos estão em andamento para identificar espécies em potencial

coronavírus, China
Foto: Cheng Min/ Xinhua

Diante da emergência do vírus identificado na China em dezembro de 2019, o Coronavírus, já detectado em vários países, o Ministério da Agricultura informou nesta segunda-feira, 28, que está acompanhando a situação e em contato com o Ministério da Saúde, que emitiu orientação técnica para vigilância e atenção à saúde no Brasil em conformidade com diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Segundo órgão, o coronavírus também pode causar infecções em animais. Entretanto as investigações ainda estão em andamento para identificar e estabelecer as espécies com potencial de ser um reservatório dessa doença. Até o momento, com base nas informações disponíveis,  não há relatos do vírus em qualquer espécie animal.

O ministério informou ainda que a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) não fez nenhuma restrição de comercialização de produtos e de animais.

Medidas de segurança 

O Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária esclarece que a recomendação geral é que animais doentes nunca devem ser abatidos para consumo. Já animais mortos devem ser enterrados ou eliminados com segurança. O contato com carcaças e fluidos deve ser realizado apenas com uso adequado de roupas protetoras.

Ao visitar mercados ou feiras de venda de animais vivos, carnes, peixes ou produtos de origem animal frescos, recomendam-se medidas gerais de higiene e prevenção, como lavagem das mãos. Após tocar animais e produtos de origem animal, deve-se também evitar contato das mãos com olhos, nariz ou boca. Recomenda-se ainda evitar contato com animais doentes ou produtos animais deteriorados.  O Mapa orienta também que o consumo de produtos animais não inspecionados, crus ou malcozidos, deve ser evitado.

Por fim, o ministério recomenda que qualquer suspeita de doença exótica ou emergente, bem como mudança no perfil epidemiológico de doenças animais,  devem ser relatadas imediatamente ao Serviço Veterinário Oficial, estruturado no Mapa e nos estados, que são também responsáveis  pela defesa sanitária animal.