Cotações estão próximas ao preço mínimo do governo

Maio termina com preços do cereal em quedaO mês de maio terminou com os preços em queda na maior parte das praças acompanhadas pelo Cepea. Pesquisadores indicam que produtores iniciaram a colheita da segunda safra de milho no Paraná, apreensivos quanto à rentabilidade.

Fonte: José Eduardo de Oliveira/Arquivo Pessoal

Ainda são esperados novos ajustes positivos na produtividade, o que ampliaria ainda mais a oferta e, por consequência, intensificaria a pressão sobre os valores. No Centro-Oeste, produtores compartilham o mesmo receio. Apesar da perspectiva de boa oferta, em alguns momentos, os preços chegam a registrar pequenos aumentos em algumas praças acompanhadas pelo Cepea, sinalizando que os agentes apresentam perspectivas diferentes quanto aos valores para as próximas semanas.

Em muitas regiões, as cotações médias estão próximas do preço mínimo estabelecido pelo governo – o valor nas regiões Sul e Sudeste, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal está em R$ 17,67 a saca de 60 quilos. Já para o Mato Grosso e Rondônia, R$ 13,56/saca. Nesse contexto, aumenta a expectativa sobre o apoio que o governo oferecerá à comercialização da atual temporada – os receios são que os recursos se escasseiem devido à necessidade de ajuste fiscal. Todo o setor aguarda também a divulgação do Plano Safra 2015/16, que deve trazer os preços mínimos para a temporada.

Além da falta de lucro e de preços baixos devido à alta ofera, o setor acumula outros problemas com o milho segunda safra. A tecnologia Bt tem demonstrado ineficiência em Mato Grosso. A Aprosoja constatou em levantamento que 69% dos produtores entrevistas está fazendo até cinco aplicações de inseticidas no milho Bt. O seguro rural para o milho safrinha também não vai sair, segundo fontes da Faep. Mais de 5 mil produtores que contrataram o seguro esperavam o subsídio e agora estão sendo cobrados pelas seguradoras.