Crédito está mais caro e capacidade de pagamento dos empréstimos diminui

Para economista Roberto Troster, política monetária não deve atingir só quem deveA expansão do mercado de crédito amparou o crescimento da economia brasileira. Mas com as atuais taxas de juros, a capacidade de pagamento dos tomadores de empréstimo está cada vez menor.

Neste ano, o crédito está, em média, 4,2% mais caro. Enquanto a expansão foi de 14% nos primeiros seis meses, a chamada conta garantida, uma linha de crédito emergencial, subiu 17,9%. Já a taxa do cheque especial para pessoa física cresceu 21,2%.

A manutenção da liquidez do sistema pode ser mantida pela maior rigidez na concessão de crédito, avalia a Trust Investimentos.

? Há alguns setores localizados em que cuidados não estão sendo feitos. O que acontece? Uma crise de inadimplência ? advertiu o economista Roberto Troster, em entrevista ao Agribusiness Online, nesta quinta, dia 28.

Para Troster, o governo erra ao tentar combater a inflação apenas com aumento de juros. Para ele, o aperto na política monetária não deve só atingir quem deve.

? O Banco Central tem, por um lado, que focar a qualidade do crédito. Por outro lado, fazer um aperto monetário em todos os setores, não apenas em quem esta devendo. Quem está devendo vai pagar o aperto e quem está aplicando ganha mais dinheiro para gastar mais? ? questionou o economista.