Agronegócio

Dólar sobe mais de 3% com tensão entre EUA e China

Neste domingo, 3, o presidente Donald Trump acusou a China de demorar demais para informar sobre o novo coronavírus e disse que pode aplicar penalidades tarifárias como resposta

dólar
Foto: Agência Brasil

O dólar comercial abriu o pregão desta segunda-feira, 4, com forte alta. Às 10h24 de Brasília, a moeda norte-americana era cotada a R$ 5,601, alta de 3,01%. A máxima do dia foi de R$ 5,604.

O mercado repercute o aumento das tensões entre Estados Unidos e China. Isso porque neste domingo, 3, o presidente Donald Trump acusou a China de demorar demais para informar sobre o novo coronavírus.

“Eu acho que eles cometeram um grande erro que não querem admitir”, afirmou Trump em entrevista ao canal Fox News em evento no Lincoln Center, em Washington. O presidente afirmou que caso necessário, poderá avaliar a aplicação de penalidades tarifárias sobre o país como resposta.

“Em 23 de janeiro, eu fui informado apenas de que estava vindo um vírus, mas que ele era desimportante. Mesmo assim, quis fechar nossa fronteira com eles, apesar das críticas”, afirmou Trump.

O economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, destaca que além do conflito entre EUA e China, o mercado reflete a liquidez reduzida na Ásia, com feriados no Japão e em parte da China. “O presidente [norte-americano] Donald Trump afirmou acreditar que um erro cometido na China foi a causa da disseminação do novo coronavírus. Enquanto o secretário de Estado, Mike Pompeo, alegou haver enormes evidências de que o surto começou em um laboratório no país, sem apresentar provas que sustentasse a acusação”, comenta o economista.

Rosa ressalta que, nesta semana, tem a reunião de Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central no qual a aposta é de corte de 0,50 ponto percentual (pp) na taxa básica de juros (Selic), indo a 3,25% ao ano. “Além
disso, tem o aumento das turbulências políticas, ameaçando a agenda fiscal e reformista, o que pode levar a uma postura mais cautelosa por parte do Banco Central”, diz.