O consultor e comentarista Ivan Wedekin avalia que este foi o Plano mais difícil para governo nos últimos 10 anos. Segundo ele, o não crescimento dos depósitos à vista e do saldo da caderneta de poupança, principais fontes de recursos para o custeio agrícola, contribuem fortemente para a elevação das taxas.
Wedekin relembra que, dos R$ 156 bilhões liberados no ano passado, 15% teve de vir de taxas contratadas pelos agricultores direto nos bancos.
– Se aumentarem os recursos este ano, a parte mais relevante vai ter que vir de taxas de recursos livres do mercado – indica.
Para ele, o governo “não tem escapatória” e o produtor vai pisar no freio nos seus investimentos.
Já o analista de mercado Vlamir Brandalizze diz que o maior impacto de uma taxa de 9% seria tornar o produtor rural brasileiro mais seleto às tecnologias neste próximo ano-safra. A rentabilidade econômica deve ser o primeiro critério para investimentos e a administração da propriedade será o diferencial.
Entretanto, Brandalizze afirma que não teve ter alteração na área de plantio, já que os investimentos em tecnologia e maquinário foram feitos nos últimos três anos. Para o analista, a área de soja no Brasil crescerá ainda em 2015/2016.