Nos últimos dez anos, a destinação de recursos federais para a agricultura familiar cresceu 15 vezes. Entidades que representam os pequenos produtores, no entanto, temem que a unificação altere as políticas públicas em curso e reduza o total de investimentos.
? Hoje, nós já estamos com cerca de R$ 30 bilhões para a agricultura familiar brasileira, entre o crédito do Pronaf, as políticas de assistência técnica, as compras governamentais, as políticas de compra de merenda escolar. Nós precisamos é de um ministério que seja fortalecido para ampliar as políticas até agora conquistadas e não um ministério que se incorpora ao Ministério da Agricultura ? expõe o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alberto Broch.
Para o especialista em agronegócio Flávio Botelho, mesmo que a fusão gere conflitos de interesses, os agricultores podem sair ganhando com a mudança.
? Quanto mais racionalidade o Estado tiver nos seus órgãos que executam a política agrícola é melhor para o agricultor, porque o dinheiro vai chegar mais ao agricultor do que se perder dentro da máquina. Entretanto, esse é um processo onde os grupos de interesse terão uma participação e certamente se posicionará a respeito disso ? aponta.