Nesta terça-feira (28), o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Pedro Lupion (PP-PR), disse que ainda ‘não há consenso’ sobre a participação do setor no projeto que regulamenta o mercado de carbono no Brasil (nº 2.148/2015).
Lupion afirmou que o agronegócio já está no mercado voluntário de carbono, mas que ainda há dúvidas sobre o modelo regulado.
“Nos foi apresentado, hoje pela manhã, mais uma versão do texto. Estamos fazendo as análises para buscar esse entendimento, há vontade, mas ainda não conseguimos condições para isso”, disse Lupion, que elogiou os esforços do relator do projeto na Câmara, deputado Aliel Machado (PV-PR).
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Lupion acredita que não é possível debater um assunto como o mercado de carbono sem a paciência necessária.
“Nós precisamos de tempo para criar as métricas e entender se o projeto pode ser bom para o setor. Tem duas semanas que o texto está na Casa e, portanto, necessita de diálogo para ser compreendido”, afirmou.
Pauta verde
A FPA se reuniu para debater os projetos de lei que fazem parte da chamada “Pauta Verde”, como é conhecido o conjunto de matérias relacionadas à energia sustentável que tramitam no Congresso Nacional.
Lupion disse que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), quer colocar as propostas em votação antes da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), que começa no fim desta semana, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
O vice-presidente da FPA, Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), comentou o projeto de lei que trata do combustível do futuro. O texto propõe o aumento da mistura de etanol à gasolina, que está em 27,5%, para 30%. Além disso, disciplina o diesel verde e trata da captura de gás carbônico.
“São pontos importantes e fruto do que a gente tem conversado na FPA. Estamos em diferentes frentes para buscar o melhor resultado para assuntos de extrema importância para o setor”, afirmou Jardim.
