Agricultura

No Brasil, verão não deve ter influência de El Niño e La Niña, diz Inmet

Os modelos de previsão indicam probabilidade elevada de que a condição de neutralidade se mantenha ao longo de toda a temporada climática

As condições da temperatura da superfície do mar no Oceano Pacífico Equatorial estão dentro das suas características normais. Foto: Pixabay

O verão no Hemisfério Sul começa no próximo domingo, 22, mais especificamente à 1h19 e termina no dia 20 de março de 2020 às 3h50, no horário de Brasília. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), não deverá haver influência do fenômeno El Niño ou La Niña no período, o que indica que as chuvas ficarão dentro da normalidade no período.

Segundo análise do Inmet, as condições da temperatura da superfície do mar no Oceano Pacífico Equatorial estão dentro das suas características normais, sem significativos desvios em relação à média, indicando que a área do fenômeno El Niño está em sua fase neutra, portanto sem atuação de El Niño ou La Niña. Os modelos de previsão indicam probabilidade elevada de que a condição de neutralidade se mantenha ao longo de todo o verão.

Vale ressaltar que o verão é especialmente importante para atividades do agronegócio, para geração de energia, por meio das hidrelétricas, e para a reposição hídrica e manutenção dos reservatórios de abastecimento de água em níveis satisfatórios.

A estação é caracterizada pela elevação da temperatura em todo país, em função da posição relativa do sol mais ao sul, tornando os dias mais longos que as noites e com mudanças rápidas nas condições de tempo, ou seja: chuvas fortes; queda de granizo; ventos com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas, principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país.

Com a neutralidade do Pacífico Equatorial, outras regiões oceânicas devem assumir o protagonismo na influência sobre o regime de chuvas durante os primeiros meses de 2020 no Brasil, como a temperatura na superfície do oceano Atlântico Sudoeste junto à costa do Rio Grande do Sul, Uruguai e norte da Argentina, e o Atlântico Subtropical, próximo à costa do Nordeste brasileiro.

Pelo Brasil 

Norte

Na Região Norte, a previsão climática para o trimestre indica um predomínio de áreas com probabilidade de chuvas dentro da faixa normal ou abaixo. No Nordeste, haverá o predomínio de áreas com maior probabilidade de chuvas acima da média nos estados da Bahia, Alagoas e Pernambuco, assim como no sul dos estados do Maranhão e do Piauí. Nas demais áreas, há um risco das chuvas ficarem abaixo da média do período.

Nordeste

A previsão para o verão indica o predomínio de áreas com maior probabilidade de chuvas acima da média nos estados da Bahia, Alagoas e Pernambuco, assim como no sul dos estados do Maranhão e do Piauí. Nas demais áreas, há um risco das chuvas ficarem abaixo da média do período. As temperaturas serão predominantemente elevadas na região, porém, nas localidades onde há a probabilidades de chuvas acima da média, os termômetros devem registrar temperaturas levemente inferiores à média.

Centro-Oeste

A previsão para o verão indica maior probabilidade de que o acumulado de chuvas seja dentro da faixa normal ou acima em grande parte da Região Centro-Oeste, exceto no centro-sul do Mato
Grosso, sul de Goiás e parte do Mato Grosso do Sul, onde há probabilidade de chuvas inferiores à média. Já para as temperaturas, as previsões indicam que as mesmas devem ultrapassar a média ao longo da estação.

Sudeste

Para o Sudeste, a previsão para os próximos três meses é de chuvas variando dentro da faixa normal ou acima em grande parte de Minas Gerais e no centro-norte do Espírito Santo. Nas demais áreas, as probabilidades indicam o risco de chuvas abaixo da média.

Região Sul

A previsão indica maior probabilidade de chuvas dentro da faixa normal ou acima em praticamente toda a região, principalmente no Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina (Figura 3).
As temperaturas devem ser predominantemente elevadas, porém dentro das características típicas do verão na região.