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'Petróleo acima de US$ 80 elevaria risco de greve dos caminhoneiros'

Consultoria Eurasia afirma ainda que é pouco provável o governo interferir na política de preços da Petrobras e os governadores reduzirem o ICMS sobre o diesel e gasolina

Petróleo
Para a Eurásia, o cenário mais provável é a Petrobras suavizar a volatilidade dos preços dos combustíveis no curto prazo. Foto: Pixabay

O risco de uma nova greve de caminhoneiros poderia aumentar a partir do momento em que o petróleo negociado no mercado internacional passasse a custar mais de US$ 80 por barril. As informações são da consultoria Eurasia, que pondera, no entanto, que ainda é pouco provável que o Brasil enfrente uma paralisação. Na manhã desta terça-feira, 7, petróleo era negociado a US$ 68,50.

“Uma greve continua sendo pouco provável caso os preços do petróleo continuem na faixa de US$ 65 a US$ 75 por barril – que é o nosso cenário base. Os riscos aumentam se os preços do petróleo superarem US$ 80 por barril, dadas as escolhas difíceis em torno de quanto do aumento de preço repassar aos consumidores”, disse a consultoria em uma nota a clientes.

A Eurasia também considera pouco provável o governo interferir na política de preços da Petrobras – que impede o preço dos combustíveis no mercado interno de ficar abaixo do observado no mercado internacional – e os governadores aceitarem reduzir o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a gasolina e o diesel, visto que boa parte dos estados passa por dificuldades fiscais.

“O cenário mais provável é a Petrobras suavizar a volatilidade de curto prazo, abstendo-se de ajustar os preços no curto prazo, que foi a abordagem usada pela companhia após o ataque a uma refinaria de petróleo saudita em setembro, evento que aumento o preço internacional do petróleo”, afirmou.