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Praga atinge lavouras de beterraba e ameaça produção de açúcar na Alemanha

O vírus é transmitido por um inseto que vive nas folhas, uma espécie de pulgão, e pode atingir até 50% da plantação

Foto: Free Images

Ao menos sete estados da Alemanha solicitaram emergência ao Ministério de Alimentação e Agricultura do país para conter uma praga que provoca o amarelecimento das folhas da beterraba – principal fonte de açúcar na Europa – e prejudica a fotossíntese das plantas. O vírus é transmitido por um inseto que vive nas folhas, uma espécie de pulgão.

De acordo com agricultores, as perdas de colheita e de recursos podem atingir, na maioria dos casos, de 30% a 50% da plantação. Danos nesse nível à safra tornam o cultivo de beterraba provedora de açúcar cada vez menos atraente para os agricultores das áreas afetadas. Se for interrompido, isso leva a um estreitamento da rotação de culturas, o que também é indesejável para o solo, afirma o ministério da Agricultura alemão.

Os administradores dos estados da Baixa Saxônia, Renânia-Palatinado, Baden-Württemberg, Baviera, Renânia do Norte-Vestfália, Hesse e Schleswig-Holstein solicitaram ao governo federal que libere a aprovação emergencial de um tratamento que banha as sementes de beterraba com um componente químico antes de elas irem ao solo e evita que o vírus transmitido pelos insetos contamine as plantas. A solicitação, no entanto, foi negada.

O governo alemão determinou que medidas de proteção e contenção da praga sejam tomadas, como bloqueio das plantações para insetos polinizadores, distância das áreas contaminadas de outras plantações, principalmente de flores que atraem abelhas.

Embora a União Europeia (UE) não tenha aprovado uso da “calda” química de sementes contra a disseminação do vírus, muitos Estados membros da UE tornaram possível tratar as sementes de beterraba-açucareira com esses ingredientes ativos como parte de uma autorização de emergência, já que a beterraba não é atraente para as abelhas. A França, maior produtor de beterraba-açucareira da União Europeia, criou recentemente requisitos legais para uso do tratamento antivírus nas sementes.