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Guerra, Chicago, clima: o que deve mexer com o mercado da soja nos próximos dias

Evolução do plantio no Brasil e avanço da colheita nos Estados Unidos estão no meio de grandes fatores de pressão internacional

grãos soja abiove
Foto: Paulo Lanzetta/Embrapa

O mercado financeiro, assim como o de commodities agrícolas, ficou cauteloso em relação às incertezas relacionadas à guerra entre Israel e Palestina. No meio disso, o produtor brasileiro optou por se concentrar no plantio da soja, deixando um pouco de lado a comercialização do grão.

O plantio safra 2023/24, de acordo com Safras & Mercado, atingiu mais 15,8% da área prevista, com avanços consideráveis em Mato Grosso e São Paulo. No Rio Grande do Sul, as primeiras lavouras foram iniciadas.

Já em Chicago, o contrato de soja para novembro de 2023 encerrou a U$12,82 o bushel (+1,42%), enquanto o contrato de março de 2024 fechou a US$ 13,14 (+1,31%).

No entanto, no Brasil, o movimento não foi seguido, com as cotações da soja brasileira caindo no mercado físico em várias regiões devido ao fortalecimento do dólar.

O que esperar do mercado da soja?

Foto: Daniel Popov/ Canal Rural

Conforme análise da plataforma Grão Direto, os fatores mais importantes que devem influenciar o mercado da soja nos próximos dias são esses:

  • Clima brasileiro: previsões apontam a presença de chuvas irregulares em várias regiões do Brasil. Os estados de Santa Catarina, Paraná e oeste de São Paulo receberão volumes expressivos, com riscos de temporais, podendo diminuir o ritmo de plantio.
  • Evolução do plantio brasileiro: com a presença de chuvas (mesmo que irregulares), em várias regiões do Brasil, o plantio deve ganhar ritmo a nível nacional.
  • Lavouras norte-americanas: com o tempo seco nas principais regiões produtoras do Meio-Oeste norte-americano, a colheita deve seguir avançando de forma significativa. Em contrapartida, pode trazer mais uma piora na qualidade das lavouras que ainda estão na fase final de desenvolvimento.
  • Exportações norte-americanas: à medida que a colheita avança, a oferta de soja dos Estados Unidos vai aumentando. Com isso, naturalmente, a demanda de compras deverá migrar para o país estadunidense. Limitações em relação ao baixo nível do Rio Mississipi ainda continuarão sendo observadas de perto pelo mercado.
  • Macroeconomia: o foco desta semana permanecerá na especulação em torno das taxas de juros dos EUA, que permanecem incertas devido ao aumento da inflação acima da expectativa do mercado em setembro. Adicionalmente, a continuidade do conflito entre Israel e Palestina continuará trazendo cautela para o mercado financeiro. Diante disso, o dólar poderá ter uma semana de valorização.

Considerando os eventos mencionados, é possível que a soja em Chicago tenha uma semana negativa. No entanto, com a valorização do câmbio, leves valorizações para o mercado físico brasileiro podem acontecer.

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