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Colheita da soja: chuvas voltam e prejuízos diminuem no Maranhão

No começo de março alguns produtores acreditavam em perdas de até 20%, agora com a colheita perto do fim esse estimativa de prejuízo diminuiu

Produtores de soja do Maranhão sofreram no início do plantio por causa da falta de chuvas. Em março, durante uma visita do Projeto Soja Brasil a Balsas, a expectativa era de perdas na casa dos 20% de produtividade. Agora, depois das chuvas, os prejuízos ficaram um pouco menores.

Foram três veranicos seguidos no final do ano passado e prejudicaram o plantio de soja em todo Maranhão. Alguns produtores foram obrigados a fazer replantio, inclusive.

No entanto, a partir de março, as chuvas abundantes mudaram o cenário e a previsão agora é de uma colheita 5% maior no estado, segundo levantamento da entidade.

“Aqui no Maranhão até o momento foi colhido 72% da área de 986 mil hectares. Estimamos colher acima de 3,027 milhões de toneladas. Temos algumas regiões que ainda estão colhendo, como Buriticupu, Açailândia e Chapadinha. Provavelmente o final da colheita no estado acabe até o dia 4 de maio”, diz o presidente da Aprosoja Maranhão, José Carlos Oliveira de Paula.

No começo de março, o Projeto Soja Brasil esteve em Balsas, no sul do estado, visitando a fazenda Seis Irmãos. Naquela oportunidade, o produtor Joel Hendges começava a colheita e relatava uma perda de 20% na produtividade, justamente por falta de chuva no início do plantio. A estimativa era colher 49 sacas por hectare.

Um mês após a reportagem, o Projeto Soja Brasil entrou em contato com o produtor Joel Hendges para saber se a situação é a mesma.

“O índice de colheita na nossa região está 95% já concluído. Na minha fazenda nós estamos fechando em 50 sacos por hectare na média. Vai se manter aquela quebra em torno de 10% na produtividade, em comparação ao ano passado”, afirma.

O produtor aproveitou os bons preços e já vendeu toda sua safra antecipadamente e já começou a negociar também a colheita de 2020/2021.

“A soja desta safra já está toda comercializada com preços bons. Mas teve esses picos de preços recentes que, inclusive, nós aproveitamos e fechamos em torno de 5% da próxima safra já”, diz Hendges.

A exemplo de todos os estados brasileiros, o Maranhão também impôs o isolamento social. Mas em Balsas, alguns segmentos do comércio ligados ao agro foram flexibilizados para não prejudicar a produção de alimentos, como por exemplo, a venda de peças e manutenção de máquinas.

“Se não tivesse ocorrido uma certa flexibilização dos prefeitos de algumas cidades agrícolas, como em nossa cidade de Balsas, metade dos funcionários ou coisas assim, com certeza a gente teria perda na colheita sim”, conta Hendges.

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