– A expectativa é ver se a gente consegue pagar as contas. Esse é o principal da coisa, porque não adianta planejar agora. Sem vender o fumo não dá para fazer nada. Tem que vender para ver no que vai dar – diz.
De acordo com o vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag), Carlos Joel da Silva, após duas reuniões, a entidade está fora das negociações com as indústrias fumageiras. A proposta da federação era de que o aumento fosse de 9,9% ou, no mínimo, 6%, que é o valor da correção do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M). Entretanto, as empresas ofereceram valores mais baixos.
– Na verdade, vai ter três tabelas para os produtores trabalharem este ano. Produtor da JTI venderá a 4,8% de aumento. Os demais, da Philip Morris e Souza Cruz a 4%, e a Universal Leaf a 2,2%, que já praticou um preço abaixo no ano passado e vai continuar praticando – aponta.
Os produtores foram aconselhados a separar o fumo com atenção, acompanhar a entrega e se não concordarem com a avaliação da indústria, pedir ajuda aos classificadores da Emater, que acompanham a comercialização da safra.
– A partir desses critérios técnicos é que a indústria e o produtor vão entrar em comum acordo nas futuras e consequentes negociações de compra e venda do seu produto. Ou seja, a Emater está ali especificamente para atestar a qualidade quando há e quando ocorrem essas divergências. A partir disso, fica a critério da indústria fumageira e do próprio produtor acertarem os seus acordos comerciais – explica o gerente de classificação da Emater, Carlos Augusto Weydmann.