Safra do alho deve ser 11% maior do que a de 2012

Apesar de a chuva ter prejudicado o plantio, Conab estima que a produção ultrapasse 120 toneladasA colheita de alho está começando, em todo o país foram plantados 10 mil hectares da raiz. Apesar de a chuva ter prejudicado o início do plantio, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a expectativa é que a produção ultrapasse a marca de 120 mil toneladas, 11% a mais do que no ano passado. Isso em função de mais investimento e aumento da área cultivada.

O Estado de Goiás produz 33% da produção de alho do Brasil. Na lavoura do gerente Nilvo Dalla Rosa, em Cristalina, a colheita já começou. Segundo ele, o clima atrapalhou o inicio do plantio e deve provocar uma pequena perda, mas que não irá comprometer a produtividade da fazenda.
 
– Esse ano nós plantamos 487 hectares, aumento de 50 hectares em relação ao ano passado. A expectativa de produção está entre 15 toneladas, 15 e meio por hectare – estima.
 
Para o presidente da Associação Nacional dos Produtores de Alho (Anapa), Rafael Cursino, esse crescimento foi impulsionado pela entrada de novos agricultores no mercado e pelos recursos disponibilizados pelo governo federal para o setor.
 
– Os produtores com acesso a crédito mais acessível, investiram em infraestrutura, em galpões, e em maquinas. Os produtores se animaram pelos anos que o alho vem tendo uma receita boa e aproveitaram também e aumentaram as áreas – disse Cursino.
 
Segundo a Associação, todo alho produzido no Brasil é consumido aqui mesmo. Mas ele tem perdido espaço para o alho Chinês, que é vendido a preços muito mais baratos. Para tentar proteger os agricultores brasileiros, desde 1996, o governo federal cobra uma taxa para importação do produto, que agora é de U$ 5,20 por  caixa de dez quilos. A medida antidumpping, que já foi renovada duas vezes, esta sendo negociada no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
 
– Nós estamos não só querendo renovar essa tarifa antdumpping, mas também pedindo para aumentar, pois o dumpping que a China pratica no mercado brasileiro não é de U$ 5,2, mas sim, de U$ 10 – ressalta.

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