Preço da soja fecha a semana com queda de 3% na Bolsa de Chicago

Segundo a consultoria Safras & Mercado, a falta de demanda da china pelo grão tem feito com que o mercado fique retraído

A Bolsa de Mercadorias de Chicago encerra a quarta semana de janeiro com perdas em torno de 2,5% para a soja em grão, em meio à ausência de demanda da China pelo produto dos Estados Unidos, mesmo com a assinatura da primeira fase do acordo entre os dois países.

Para piorar a situação, o feriado Lunar chinês se inicia nesta sexta-feira e vai até o dia 30 de janeiro, o que deve manter a procura escassa por parte do país asiático. Também pesa o início da colheita da soja no Brasil, que deve colher uma safra cheia. O alastramento do coronavírus na China completa o quadro negativo, pois afasta os investidores dos mercados de risco, como a soja, devido aos temores do impacto da doença na economia local e mundial.

personagem banner

Os casos do vírus subiram para mais de 800, com 25 mortes. As autoridades chinesas reagiram e colocaram cidades da província de Hubei em quarentena. Na quinta-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) disse que o surto ainda não é uma emergência de saúde pública para além da China. Hoje foram divulgadas as exportações líquidas norte-americanas de soja, que ficaram dentro do esperado por analistas.

Referentes à temporada 2019/20, com início em 1 de setembro, ficaram em 790.000 toneladas na semana encerrada em 16 de janeiro. Representa uma elevação de 23% frente à semana anterior e um avanço de 59% ante à média das últimas quatro semanas. A China liderou as importações, com 225.900 toneladas.

Para a temporada 2020/2021, são mais 120.700 toneladas. Os analistas esperavam exportações entre 600 mil a 1,120 milhão toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Veja mais notícias sobre soja