O Global Agribusiness Forum deste ano (GAF 2022) teve início nesta segunda-feira (25), em São Paulo. Presente na abertura do evento, que conta com apoio do Canal Rural, o presidente da Aliança Internacional do Milho (Maizall), Paulo Bertolini, destacou que o fórum pode ser uma boa oportunidade para se discutir políticas e soluções para um problema que vem se tornando crônico no Brasil: o déficit de armazenamento de grãos.
“Há um déficit de armazenagem” — Paulo Bertolini
“Temos crescido a produção, em média, cerca de 10 milhões de toneladas de grãos por ano”, afirmou Bertolini ao ser entrevistado pela repórter Flávia Macedo, durante a edição do telejornal ‘Mercado & Companhia’. Na sequência, porém, ele alertou: “Embora esse crescimento seja bastante virtuoso, temos a questão da deficiência de armazéns”. “Há um déficit de armazenagem”, reforçou o executivo à frente da Maizall.
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De acordo com ele, a parte de armazenagem no Brasil não tem conseguido mais — de alguns anos para cá — acompanhar o volume do aumento de produção. “Não conseguimos implementar [a capacidade] 5 milhões de toneladas estáticas nos armazéns.”
Armazenamento de grãos: complexidade e chance de alívio
O presidente da Maizall admite, no entanto, que a questão da ampliação de armazenamento no país passa pela “complexidade de investimentos” no sistema. Além disso, Paulo Bertolini observou que, sim, faltam recursos para essa parte do agronegócio brasileiro. Nesse sentido, lembrou dos recursos disponibilizados pelo governo federal no Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA).
“A gente espera que dê um alívio nesse déficit crescente na armazenagem” — Paulo Bertolini
“[O PCA] veio turbinado neste ano, e com algumas regras que no nosso entender vai facilitar que os armazéns sejam construídos onde eles são mais necessários, nos locais de produção. Ou seja, nas fazendas”, comentou Bertolini. “O PCA veio com pouco mais de R$ 5 bilhões. A gente espera que dê um alívio nesse déficit crescente na armazenagem, que já chega perto de 100 milhões de toneladas de grãos no Brasil”, complementou o presidente da Maizall.
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