Os profissionais que movimentam o agro brasileiro precisam entender que as eleições gerais de outubro irão além da definição de quem conquistará o direito de comandar o Palácio do Planalto pelos próximos quatro anos. Comentarista contratado do Canal Rural, o jornalista Alexandre Garcia ressaltou que, para o setor, será de extrema importância conquistar mais espaço em órgãos do poder Legislativo.
“Há a escolha dos governadores, das assembleias legislativas, dos deputados e senadores. Tem que formar uma bancada forte o agro”, disse Garcia em comentário exibido na edição desta terça-feira (19) do telejornal ‘Mercado & Companhia’. Sobre os dois últimos cargos, ele aproveitou para destacar a função que eles desempenham — e, nesse sentido, cutucou de forma indireta os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
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“Sem uma bancada [favorável], o presidente ou governador não governa” — Alexandre Garcia
“É o Legislativo que faz as leis, que muda as leis, que aprova as leis. Não é o Supremo, não”, afirmou o comentarista do Canal Rural. “E uma bancada forte é a sustentação para o poder Executivo”, observou. Assim, reforçou que o agronegócio precisa contar com representantes de seu interesse nas esferas distrital (no DF), estaduais (assembleias legislativas) e federal (Câmara dos Deputados e Senado). “Sem uma bancada [favorável], o presidente ou governador não governa”, acrescentou.
Representantes do agro devem votar
Alexandre Garcia ressaltou, ainda, que o agronegócio tem sido fator primordial para a economia e a população em geral do país. “É o carro-chefe da economia brasileira. É o equilibrador de contas externas. É o garantidor da segurança alimentar”, enfatizou o jornalista. “O agro produz a mais nobre das energias, que é o ‘combustível’ que faz funcionar o corpo humano”, destacou o comentarista do Canal Rural.
“Votar em branco, anular o voto ou não votar significa perder completamente o direito de reclamar” — Alexandre Garcia
E por movimentar um dos “combustíveis” econômicos do país, os personagens que fazem parte do agronegócio devem ter a consciência de participar do pleito escolhendo aqueles que se mostram como os mais bem preparados para representar o povo no Legislativo e no Executivo. É o que salienta Garcia. “Votar em branco, anular o voto ou não votar significa perder completamente o direito de reclamar do resultado e reclamar das consequências.”
“É bom lembrar outra vez: todo poder emana do povo”, reforçou o analista que citou o fato de, em 2018, cerca de 42 milhões de eleitores terem anulado, votado em branco ou não comparecido para votar. “Essa é a grande oportunidade de agricultores, pecuaristas — todo mundo que trabalha no campo, na terra — decidirem como vão ser os próximos quatro anos.”
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