Aliança da Soja

Fórum Aliança da Soja trouxe discussões sobre inovação e biotecnologia

Evento aconteceu em Não-Me-Toque (RS) e contou com palestras e debates entre especialistas e produtores sobre os desafios do setor

O município de Não-Me-Toque, no Rio Grande do Sul, recebeu produtores, profissionais e autoridades da cadeia produtiva da soja para o Fórum Aliança da Soja. O público participou de forma presencial e online e acompanhou temas sobre inovação, sustentabilidade, biotecnologia e o futuro da agricultura no estado.

O evento faz parte do Projeto Aliança da Soja, que conta ainda com programa de TV semanal e conteúdo exclusivo na internet. A realização é uma parceria entre o Canal Rural e a Plataforma de Biotecnologia Intacta 2 Xtend. O diretor de negócios para as culturas de soja e algodão da Bayer, Fernando Prudente, falou sobre a missão da empresa no desenvolvimento da agricultura. “Nós continuamos com o nosso compromisso de continuar investindo em inovações e é isso que a gente viu aqui hoje”.

Já o diretor de conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira, destacou a relevância da soja na economia brasileira e a importância de parcerias entre empresa privada e veículos de comunicação para informar e capacitar o produtor rural. “Eventos como esse , parcerias como essa, nos ajudam a cumprir a nossa missão que é conectar pessoas, desenvolver o agro e alimentar o mundo”.

Evolução da soja

O evento contou com painéis conduzidos por especialistas do setor. Anderson Galvão, CEO da Céleres Consultoria, falou sobre o papel da biotecnologia para a revolução e inovação da produção de soja no país. De acordo com o consultor, para continuar avançando nos próximos dez anos, o caminho é a pesquisa e o incentivo de empresas privadas. “Nós não saímos de 30 para 60 sacas de soja de produtividade média apenas com investimento em pesquisa do setor público. Nós tivemos esse salto brutal de produtividade com dinheiro privado. O capital privado vai atrás de risco e, se ele vai atrás de risco, ele também vai atrás de retorno”, constatou.

Ainda sobre investimentos em pesquisa, o segundo palestrante do evento, Geraldo Berger, diretor de ciências regulatórias da Bayer, ressaltou o compromisso da empresa em desenvolver estudos para melhoramento da lavoura. Em seu discurso, ele falou sobre a quarta geração da biotecnologia Intacta 2 Xtend e o desenvolvimento de um novo herbicida. “Nós estamos desenvolvendo um herbicida de pós-emergência, que é uma inovação singular porque há mais de 30 anos não se tinha uma nova molécula que tivesse esse perfil pós-emergente com controle de amplo espectro e baixo perfil toxicológico”.

O evento contou ainda com uma conversa entre os profissionais e produtores representantes do setor. O futuro da biotecnologia e estratégias para alcançar novos saltos produtivos estiveram no centro do debate. O produtor rural Pedro Vigneau participou pela internet, direto da Argentina. Ele ressaltou a dificuldade em acessar novas tecnologias por causa da legislação restrita do país. Já a produtora e sementeira Veronica Bertagnolli falou sobre a responsabilidade das empresas sementeiras certificadas para garantir produtividade na lavoura.

“Quando trabalhamos com semente, a gente faz o possível para entregar a melhor semente para o agricultor. Tem que ter um cuidado físico, porque é importante entregar aquela cultivar com uma pureza genética e qualidade fisiológica de germinação e vigor. Então, isso tudo tende a dar o resultado no campo”, salientou.