Dólar sobe após queda da semana passada

Pregão é marcado por movimento de correção no valor da moeda norte-americanaO dólar encerrou o pregão dessa segunda, dia 12, com alta superior a 1%, em movimento de correção técnica que buscou compensar a queda de 1,99% vista na cotação da divisa na semana passada. 

A moeda norte-americana terminou o dia com alta de 1,10%, cotada a R$ 2,6652 para compra e R$ 2,6682 para venda. Na sexta, dia 9, o dólar registrou recuo superior a 1% devido à informação de que os salários nos Estados Unidos contraíram em dezembro, apesar de terem sido divulgados bons resultados em relação à abertura de vagas e a taxa de desemprego, gerando especulações de que a taxa de juros demorará a subir. 

A alta do dólar não se refletiu em melhores cotações aos produtores de soja. Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos caiu de R$ 66,00 para R$ 65,00, segundo dados da Safras & Mercado. Na região das Missões, o preço recuou de R$ 65,50 para R$ 64,50. No porto de Rio Grande, as cotações baixaram de R$ 67,50 para R$ 66,50 a saca.

Em Cascavel, no Paraná, o preço da saca passou de R$ 60,00 para R$ 59,00. No porto de Paranaguá (PR), a cotação caiu de R$ 64,50 para R$ 63,50 a saca. Em Rondonópolis (MT), o preço baixou de R$ 55,00 para R$ 54,00.

Em Dourados (MS), a cotação recuou de R$ 59,50 para R$ 58,00. Em Rio Verde (GO), a saca passou de R$ 57,00 para R$ 58,50.

A queda no preço do barril de petróleo também influenciou o dólar. O contrato do WTI para fevereiro, negociado em Nova York, fechou com baixa de 4,7%, a US$ 46,07 o barril. Em Londres, o Brent para o mesmo mês recuou 5,25%, a US$ 47,47 o barril. O banco de investimentos Goldman Sachs cortou as suas projeções para o preço do petróleo em 2015, cotando o WTI em US$ 47,15 o barril, abaixo dos US$ 73,75 estimados anteriormente. 

No mercado interno, a única divulgação econômica relevante foi o boletim Focus, do Banco Central (BC), mostrando que investidores e analistas voltaram a elevar a projeção de inflação para 2015, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). De 6,56% ela passou para 6,6%. A estimativa segue acima do teto da meta, que é 6,5%.  A expectativa para os preços administrados, que sofrem algum tipo de influência do governo, teve alta pela quinta semana, passando de 7,85% para 8%.

O boletim mostrou também que as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano recuou pela segunda semana consecutiva, indo de alta de 0,5% para avanço de 0,4%. Os economistas mantiveram a projeção da taxa Selic para 2015 em 12,5% ao ano e o câmbio em R$ 2,80.