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Lira fala em 'excepcionalizar' pagamento do auxílio emergencial

O presidente da Câmara disse também que ainda não conversou com o ministro da Economia sobre a criação de um imposto para bancar o benefício

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), disse nesta quarta-feira, 10, que a prorrogação do auxílio emergencial é uma das suas prioridades de curto prazo à frente da Casa. Em entrevista à Band News, Lira voltou a falar em “excepcionalizar” o gasto para garantir uma nova rodada do auxílio.

“Sem Orçamento, como estamos hoje, não tem medidas muito efetivas que o governo possa fazer a não ser excepcionalizar de novo o teto de gastos e entrar de novo com uma medida de guerra”, afirmou.

Lira citou a possibilidade de pagamentos do auxílio emergencial por dois a quatro meses, “para que dê tempo para o Congresso tomar decisões, sempre respeitando o teto de gastos, a responsabilidade fiscal.”

Ao mesmo tempo, o parlamentar disse que é necessário avançar com uma agenda de reformas para aumentar a credibilidade do Brasil e atrair investimento estrangeiro para o país. “Estamos atentos a todos os degraus que a economia precisa para ter tranquilidade, economia e previsibilidade, mas precisamos cuidar das pessoas, do povo”, disse.

Novo imposto para bancar o auxílio emergencial

Questionado sobre a discussão de uma nova CPMF nos moldes da que foi proposta pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, Lira disse que não haveria problemas de discutir o tema na Câmara, mas que ainda não debateu o tema com Guedes.

“Tem senadores e deputados que defendem a criação do imposto exclusivo para manter um programa social, mas isso é hipótese, não tive nenhuma conversa com o ministro para tratar de imposto para resolver a questão do auxílio ou a questão da folha”, afirmou.

Sem margem no Orçamento para expandir os gastos sociais, foi montado um grupo de trabalho para encontrar soluções. É discutido, inclusive, a criação de um imposto emergencial e temporário para arrecadar de R$ 30 bilhões a R$ 40 bilhões. O esboço da medida deve ser finalizado na primeira semana após o Carnaval. Ainda há se sabe sobre quais itens a nova tributação incidirá, nem qual será a alíquota.