Mercado financeiro prevê dólar a R$ 4,10 no fim de 2020

Segundo analista, a moeda norte-americana vem perdendo força no cenário internacional e não deve ocorrer altas intensas nas próximas semanas

Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) aumentaram a estimativa de inflação e crescimento da economia este ano.  A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA – a inflação oficial do país) subiu de 3,84% para 3,86%. A informação consta do boletim Focus, pesquisa semanal do BC que traz as projeções de instituições para os principais indicadores econômicos. Essa foi a sexta elevação consecutiva.

A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – subiu de 1,10% para 1,12%, neste ano. As estimativas das instituições financeiras para 2020 variaram de 2,24% para 2,25%. Para os anos seguintes, não houve alteração em relação à pesquisa anterior: 2,50% em 2021 e 2022. Já projeção para a cotação do dólar permanece em R$ 4,15 no fim de 2019, e em R$ 4,10 no encerramento de 2020.

Em entrevista ao Mercado & Companhia desta segunda, 16, o economista-chefe da Necton Corretora, André Perfeito, também entendeu que a moeda não deve voltar a alcançar patamares mais altos em um curto prazo. “Uma questão muito relevante para o produtor rural, sem dúvida alguma, é o comportamento do dólar. “Neste mês de dezembro, não foi o real que ganhou força e sim o dólar que perdeu diante das outras moedas. A gente teve uma mudança na percepção do risco global, o que fez com que as moedas ganhassem fortemente contra o dólar e esse jogo deve ser observado nas próximas semanas”, disse.