CONTROLE DE PRAGAS

Bicudo-do-algodoeiro foi tema de workshop no Oeste da Bahia

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Imagem: Jefferson Aleffe/Marca Comunicação

Com o fim do prazo para plantio do algodão neste sábado (10), no Oeste da Bahia, uma das pragas mais perigosas para a cotonicultura, o bicudo-do-algodoeiro, foi tema de um workshop sobre manejo, enfrentamento e prevenção.

O evento promovido pela Associação Baiana de Produtores de Algodão (Abapa) reuniu mais de 120 pessoas, entre produtores, técnicos e representantes de entidades do setor e do estado em Luis Eduardo Magalhães, nesta quarta-feira (7).

“Estarmos aqui hoje, com a cadeia toda reunida, as pessoas que fazem a diferença, trocando informação, trocando conhecimento e achando alternativas e não baixando a guarda quanto a essa praga que tem um poder de destruição muito grande”, destacou Luiz Carlos Bergamaschi, presidente da Abapa.

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Quanto mais próximo de zero, menor a incidência da praga | Foto: Vinicius Ramos/Canal Rural BA

Alan Malinski, diretor executivo da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), disse que o evento mostrou quais são as melhores práticas adotadas para auxiliar os produtores, assim como é feito no controle de pragas de outras culturas como a soja.

“Algo semelhante que a gente faz também em conjunto com a Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Adab) em conjunto com a Abapa também é o controle da ferrugem, tanto é que com a antecipação de plantio, feito pela maior parte dos produtores que já fazem antecipação porque vão plantar algodão em seguida.”, disse.

Pesquisa

O bicudo-do-algodoeiro é muito dependente do clima e do manejo adotado, por isso, condições como maior umidade e manejo inadequado contribuem para o aumento da praga.

Nilson Vicente, diretor da Fundação Bahia, disse que a pesquisa e conscientização são fundamentais para o controle do bicudo.

“A pesquisa trabalha com várias ações, desde produtos químicos e estratégias de plantio, de manejo de um modo geral para que o produtor possa ter sucesso. É uma praga desafiadora, como eu comentei, mas se todos os produtores se unirem, tiverem a conscientização”, pontuou. 

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Imagem: José Ednilson Miranda/Embrapa

José Ednilson Miranda, pesquisador da Embrapa, fez um alerta para produtores que possuem plantas frutíferas próximas às plantações de algodão.

“O caso do bicudo, ele só se reproduz no algodão, mas ele se alimenta de muitas plantas. Nós estávamos comentando aqui, a banana é um alimento muito bom para ele, inclusive até melhor do que o algodão quando a gente testa em laboratório, manga, mamão e algumas plantas daninhas algumas plantas daninhas. Tem várias espécies de plantas do cerrado das quais ele se alimenta. Então, evidentemente que você não vai eliminar plantas do cerrado, mas essas plantas frutíferas, quem tem cultivo de algodão tem que estar sempre alerta, porque pode ser que ele esteja mantendo populações de bicudo nela.”, explicou.

O clima foi outro assunto debatido no encontro. Francisco de Assiz, consultor climático falou sobre os efeitos das variações de temperaturas e precipitações nas lavouras.

“A alta variabilidade da precipitação, a chuva muito irregular, altas temperaturas, tudo fora do normal, tá sempre existindo. Isso faz com que haja cada vez mais surgimento de pragas e consequentemente, maior propagação delas para as lavouras”, disse.


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