Bahia

MST invade escritório de mineradora na Bahia e quer suspensão de reintegrações

Na última quinta-feira (27), integrantes do movimento foram despejados de uma área da empresa em outro município da região

A Companhia de Ferro das Ligas da Bahia (Ferbasa), empresa que atua nas áreas de mineração, produção de eucalipto e metalurgia, teve o escritório invadido pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) nesta terça-feira (2). O escritório fica na cidade de Maracás, na região da Chapada Diamantina.

Segundo divulgado pelo próprio MST por meio de nota, cerca de 300 famílias estão acampadas no escritório da empresa, que possui diversas fazendas na Bahia e em outros estados do país.

Na última quinta-feira (27), integrantes do grupo foram despejados de uma área da empresa no município de Planaltino, também na região. A área estava ocupada desde o dia 30 de março, e, segundo o MST, estava abandonada e improdutiva.

Os manifestantes afirmam que o escritório da empresa será desocupado somente após a suspensão das reintegrações de posse da área em Planaltino e de uma outra propriedade que também pertence à empresa.

O MST exige uma reunião de negociação com a Ferbasa e representantes do Incra e do governo baiano.

Em nota divulgada à imprensa, a empresa condenou a invasão e afirmou que tem mantido diálogo com o MST. A Ferbasa afirma que a reforma agrária é um assunto que envolve diversos atores, entre eles, o poder público e o próprio movimento, razão pela qual não pode ser resolvido “tempestiva e unilateralmente pela Ferbasa”.

Invasões no Rio Grande do Norte

Ainda na região da Chapada Diamantina, na cidade de Boa Vista do Tupim, 130 famílias sem-terra invadiram, na madrugada de sábado (29) a Fazenda Boa Esperança. “A área está abandonada há 18 anos e possui uma extensão de 1.300 hectares de terra improdutiva”, diz nota do movimento.

A mesma onda de invasões acontece no Rio Grande do Norte, onde 70 famílias do grupo ocuparam uma área da prefeitura na noite de sexta-feira (28). A área fica localizada em Macaíba, na região metropolitana da capital potiguar.

Já no sábado, outros dois latifúndios foram ocupados por 230 famílias: a fazenda Terra Nova, na cidade de Riachuelo, e a fazenda Ubatuba, no município de Ielmo Marinho.