Brasília

Cultivo de pitaya no DF cresce 64% em quatro anos

A cultura conta com 54 produtores que apostam na fruta exótica

Com aproximadamente 17 hectares de plantio de pitaya, o Distrito Federal viu o crescimento do cultivo da fruta mais que dobrar nos últimos quatro anos. Atualmente, o cultivo conta com 54 produtores que apostam na fruta exótica. Em relação aos números de 2019, os dados divulgados pela Emater-DF representam um salto de cerca de 64% de aumento na área de produção, que era de 10,35 hectares e apenas 24 produtores na época.

Pelo menos quatro variedades já foram disponibilizadas em  oficinas realizadas no DF para capacitação dos produtores. São elas Hylocereus undatus (casca vermelha e polpa branca), Hylocereus costaricensis (casca vermelha e polpa vermelha), Selenicereus setaceus (casca vermelha com espinhos e polpa branca) e Selenicereus megalanthus (casca amarela com espinhos e polpa branca). Desenvolvidas pela Embrapa Cerrados, as quatro variedades são autopolinizáveis e de boa produtividade para um cultivo comercial.

A safra da pitaya vai de outubro a maio, mas o pico da produção no Distrito Federal é entre fevereiro e março. Considerada exótica, por não fazer parte da flora nativa do Cerrado, a pitaya se adapta bem ao clima seco por ser uma espécie de cacto. 

Tida como uma planta rústica e de manejo mais simples, se comparada a outras culturas, não faltam bons motivos para o incentivo ao cultivo da pitaya. Segundo o coordenador de Fruticultura da Emater-DF, Felipe Camargo, a fruta responde bem com irrigação e adubação específica e o manejo adequado também aumenta a vida útil da planta, que pode passar de 10 anos produzindo. O período de floradas ocorre de outubro a maio e, após polinizada a flor, a fruta fica pronta para a colheita em cerca de 40 dias”, explica o técnico da Emater-DF.

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Exótica e nutritiva

Além de exótica, a pitaya também é nutritiva. Danielle Amaral, nutricionista da Emater-DF, observa que o potencial antioxidante e nutricional da pitaya tem chamado a atenção de pesquisadores. “Os pigmentos naturais que dão essa cor vermelha pra fruta também atribuem características anti-inflamatórias”, explica. “Além do mais, chama atenção para o potencial de fibras fornecendo em cada 100 gramas de fruto,11 gramas de fibras. Para se ter uma ideia, hoje, o recomendado para um adulto é de 25 gramas dia”, afirma.

pé de pitaya
Fotos: Reprodução Canal Rural

Segundo a nutricionista, as pitayas rosa de polpa vermelha chamam atenção pela cor e sabor, sendo fonte de vitaminas como a tiamina (B1), a riboflavina (B2) e a niacina (B3), betacaroteno, vitamina E, vitamina C, de minerais como o potássio, o magnésio e o cálcio. E, além dessas vitaminas, o consumo da fruta pode ser favorável ao bom funcionamento intestinal. “Em sua polpa observa-se uma composição de oligossacarídeos não digeríveis com característica prebiótica, que estimulam seletivamente a multiplicação e a atividade das bactérias boas para o intestino, melhorando consequentemente a imunidade”, afirma.

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