Brasília

Em janeiro, 30 animais de grande porte soltos em vias públicas do DF foram retirados das ruas

Segundo a Seagri, a apreensão evita acidentes no trânsito e ajuda a controlar a disseminação de doenças

Em janeiro deste ano, 30 animais de grande porte soltos em vias públicas do Distrito Federal foram retirados das ruas. A apreensão faz parte de uma ação da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri) que recolhe os bichos e os transporta para o curral de apreensão de animais.

No local, os cavalos, bois, mulas e burros são examinados e tratados. Os proprietários podem solicitar a devolução mediante pagamento dos exames e de multa. Caso o dono não faça o resgate, o animal entra na fila de adoção. Neste ano, oito equinos já foram adotados no programa “Adote um Animal”, projeto instituído na Portaria 52, de 1º de outubro de 2020.

O trabalho de resgate é ininterrupto e ocorre em todas as regiões administrativas do DF. “As pessoas ligam dizendo que estão vendo os animais soltos na rua. Pedimos a localização e fotos para mandar o caminhão para buscar. Conseguimos recolher animais de médio e grande parte, como cavalo, boi e às vezes até carneiro”, explica o gerente de apreensão de animais da Seagri, Ralf Rabethge. “É bom dizer que não recolhemos gato, cachorro e porco”, acrescenta.

Segundo a Seagri, a apreensão evita acidentes no trânsito e ajuda a controlar a disseminação de doenças. Os animais recolhidos costumam ser utilizados em atividades de tração animal. “Na maioria das vezes são animais com escore corporal baixo (magros) e, em algumas vezes, com feridas e machucados”, revela a veterinária do curral de apreensão, Renata Pina.

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Atendimento e tratamento

Após o resgate, os animais ficam em um ala separada até passarem por exames para identificar se possuem anemia infecciosa e mormo, uma zoonose infectocontagiosa causada por uma bactéria. Se for negativo, eles são incorporados aos outros animais no curral.

“Eles vão ficar aqui durante 30 dias aguardando o proprietário solicitar a devolução. Caso não aconteça, eles ficam à disposição para o programa ‘Adote um Animal’”, explica Rabethge.

Se o resultado for positivo para as doenças, eles são tratados. O atendimento clínico veterinário, limpeza e tratamento de feridas e machucados é feito pela própria secretaria. Situações mais graves são encaminhadas para o Hospital Veterinário de Grandes Animais da Universidade de Brasília (UnB), na Granja do Torto.

Novo lar para os animais

Para adotar um desses bichos, é preciso atender uma série de requisitos, como comprovar que tem condições de cuidar do animal e que tem uma propriedade rural registrada. Os futuros donos também devem comprovar que não tiveram animais apreendidos e apresentar uma autodeclaração de que não possuem histórico de maus tratos aos animais.

Os adotantes contam com benefícios, como acesso ao Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR), três visitas de assistência técnica e recebimento do certificado “Amigo do Animal”.

De 2019 até 2022, a Seagri apreendeu 920 animais, sendo 241 no primeiro ano: 147 em 2020, 250 em 2021 e 282 no ano passado. Deste total, 205 foram adotados. O maior número de adoções ocorreu em 2022, quando 95 ganharam um novo lar.

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