CANAL RURAL ENTREVISTA

Governo e Portos do Paraná apostam em infraestrutura e sustentabilidade para atender demanda global por alimentos

Em entrevista ao Canal Rural, o secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, Sandro Alex, e o presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, falam sobre recorde de movimentação de cargas e projetos para o futuro

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Foto: Canal Rural


O Paraná está investindo em infraestrutura para atender à crescente demanda global por alimentos. O secretário de Infraestrutura e Logística do estado, Sandro Alex, participou da COP28 para discutir o tema e apresentar os projetos em andamento. Em programa gravado diretamente em Dubai, ele e o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, detalharam ao Canal Rural Entrevista os desafios, oportunidades e estratégias para transformar o estado em um hub logístico.

Um dos principais investimentos é a ampliação do Porto de Paranaguá, que é o maior terminal de grãos do Brasil e um dos mais importantes do mundo.

O estado está licitando um novo terminal de US$ 1 bilhão, que deve aumentar a capacidade do porto em 10 milhões de toneladas.

Além disso, o Paraná está investindo em rodovias e ferrovias para melhorar a logística de escoamento da produção agrícola.

O estado já bateu recordes de movimentação de cargas em 2023 e espera ultrapassar a marca de 60 milhões de toneladas até o final do ano.

Ferrovias são prioridade

O secretário Sandro Alex destacou a importância das ferrovias para a sustentabilidade do Paraná. “O modal ferroviário é mais eficiente e menos poluente do que o rodoviário”, disse. “Estamos trabalhando para integrar as ferrovias do Paraná com as de outros estados, para criar um corredor logístico eficiente para escoar a produção agrícola”, complementou.

O estado está licitando uma nova ferrovia, a Ferroeste, que deve ligar o Paraná ao Mato Grosso do Sul. O projeto, que deve custar R$ 10 bilhões, deve ser concluído em 2026.

Emissão zero

O Paraná também está trabalhando para tornar o Porto de Paranaguá um terminal de emissão zero. O estado contratou a Fundação Valencia Portos, da Espanha, para realizar um estudo sobre a viabilidade de implementar tecnologias limpas no porto.

“Queremos seguir o exemplo dos grandes portos do mundo, que estão investindo em tecnologias sustentáveis”, disse o secretário Sandro Alex. “O Porto de Paranaguá tem o potencial de se tornar um dos principais portos verdes do mundo.”

Os investimentos do Paraná em infraestrutura estão alinhados com os objetivos da COP28, que busca reduzir as emissões de gases de efeito estufa e promover a sustentabilidade.

Porto de Paranaguá bate recorde de movimentação e se destaca pela sustentabilidade

O Porto de Paranaguá, no Paraná, bateu recorde de movimentação em 2023, com 58,5 milhões de toneladas.

O resultado foi alcançado apesar das adversidades climáticas, como as fortes chuvas que ocorreram no estado durante o ano.

“O desempenho do porto é resultado de uma série de fatores, incluindo a sua localização estratégica, a infraestrutura moderna e a gestão eficiente”, afirmou Luiz Fernando Garcia, diretor-presidente da Portos do Paraná.

O porto também se destaca pela sua atuação em prol da sustentabilidade. Em 2023, o porto recebeu o primeiro navio do mundo movido a vela, o “EcoSpirit”.

O navio, que é capaz de transportar até 60 mil toneladas de carga, reduz em 30% o consumo de diesel e as emissões de gases poluentes.

“O Porto de Paranaguá está comprometido com a sustentabilidade. Investimos em projetos que reduzem o impacto ambiental da nossa operação”, disse Garcia.

Além disso, o porto vem investindo em projetos de eficiência energética e redução de resíduos. Por exemplo, o porto instalou um sistema de iluminação LED que reduz o consumo de energia em 70%.

O desempenho do Porto de Paranaguá é um exemplo de como é possível conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental. O porto é um importante motor da economia paranaense e brasileira, e a sua atuação sustentável contribui para a construção de um futuro mais sustentável.

O Canal Rural acompanhou a COP28 com apoio de Portos do Paraná, OCB, CNA/Senar e ApexBrasil